quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Projecto de investigadores do IPB que ajuda idosos a gerir medicação distinguido pela programa BFK

 Um projecto de estudantes do Instituto Politécnico de Bragança foi premiado pelo programa Born From Knowledge da Agência Nacional de Inovação que distingue investigação nascida no Ensino Superior.
O Balvia Care é um projecto que pretende ajudar os idosos na gestão de medicamentos e aumentar a adesão às prescrições médicas.

Bruno Costa investigador do CeDRI, Centro de Investigação em Digitalização em Robótica Inteligente, explica que o mecanismo envolve um dispensador, uma smart band e uma aplicação móvel para controlar a medicação.

“É um ecossistema composto por vários dispositivos e aplicações que ajudam os idosos e os seus cuidadores na gestão eficiente e segura da medicação. Instalamos na casa do utilizador o dispensador de comprimidos, uma máquina qua vai armazenar, dispensar e alertar para a medicação. está conectada aos nossos servidores e há troca de informação. Mensalmente vai um cuidador a casa do idoso para reabastecer a máquina”, explica.

O trabalho está também a ser desenvolvido por Laxmi Bhandari, aluna do Nepal, no mestrado em Inovação de Produtos e Processos do IPB, que explica que o projecto pretende também promover a comunicação entre os idosos e os familiares ou cuidadores.

“A aplicação é principalmente usada pelos familiares ou cuidadores, para que possam ter o paciente constantemente monitorizado, saber se tomaram ou não o medicamento. Podem verificar se há falhas na toma de medicamentos ou se essas falhas são mais frequentes do que antes. Também é possível seguir se a saúde está a melhorar com a toma da medicação”, sublinha.

Bruno Costa admite que ficaram surpreendidos com o prémio, que vai permitir que tenham mentoria.

O projecto que nasceu no IPB em resposta a uma necessidade de uma empresa da região, designado de Balvia Care, foi o grande vencedor na categoria “Inteligência Artificial e Tecnologias Avançadas”, uma das quatro ideias distinguidas este ano pela Agência Nacional de Inovação.

O projecto está na fase de desenvolvimento, existindo já um protótipo, e poderá estar no mercado dentro de um ano.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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