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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Seca ameaça antecipar rega com menos água no Vale da Vilariça

 As barragens do Vale da Vilariça, a maior zona de regadio do Nordeste Transmontano, estão com menos água devido à seca, que ameaça antecipar a rega se não chover até à floração das árvores de fruto.


A informação foi adiantada hoje à Lusa pelo presidente da Associação de Regantes, Fernando Brás, que classificou a situação de “preocupante” por a falta de chuva poder obrigar a começar a regar algumas culturas já em fevereiro, quando em anos normais só acontece “nos finais de abril ou maio”.

No boletim das albufeiras do Ministério da Agricultura, as quatro barragens para regadio do Vale da Vilariça ainda se encontram com “défice hídrico agrícola reduzido ou inexistente” ou “pouco significativo”.

O presidente da Associação de Regantes explicou à Lusa que estes dados são obtidos tendo em conta as necessidades de uma campanha normal, porém a falta de chuva faz adivinhar que a campanha deste ano não será normal e exigirá um período mais alargado de rega.

O volume de água armazenado nas barragens da Burga, Santa Justa, Ribeira Grande e Arco e do Salgueiro varia entre 49% e 94%, abaixo do que acontece num ano normal, “em que estariam próximo da capacidade máxima”, segundo aquele responsável.

A principal preocupação da associação de regantes é se não chover nas próximas semanas e se as barragens começarem a ser usadas com dois meses de antecipação, obrigando a mais tempo de rega com menos água.

A zona da Vilariça é conhecida pelas árvores de fruto, nomeadamente os pomares de pêssego, que começam a florir por esta altura, em fevereiro.

Com a falta de chuva não há humidade no solo e será necessário regar estas culturas para que a floração não aborte e se perca a produção.

O mesmo poderá acontecer com as plantações de hortícolas, como disse, assim como com outras culturas como o olival, mas esta mais tarde.

Fernando Brás indicou que a situação está a ser acompanhada e aguardam a evolução da situação meteorológica para tomar as medidas que vierem a revelar-se necessárias, nomeadamente a antecipação da rega.

O regadio do Vale da Vilariça estende-se por mais de 2.400 hectares dos concelhos de Vila Flor, Torre de Moncorvo e Alfândega da Fé e serve cerca de 600 beneficiários.

No concelho de Alfândega da Fé localiza-se outra das barragens de regadio do distrito de Bragança, a da Estevainha, que se encontra em condições idênticas.

No plano de regadio da região constam ainda a barragem de Vale Madeiro, em Mirandela, a única com défice significativo e, em sentido contrário, a do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, sem problemas detetados para a campanha, segundo o boletim oficial.

“Vamos ver como vai ser fevereiro”, é expectativa dos agricultores exposta à Lusa por Armando Pacheco, empresário agrícola ligado a várias organizações regionais e nacionais do setor.

Armando Pacheco diz que a região está a ficar “com problemas tanto agrícolas como florestais”.

Segundo disse, se não chover, culturas como “cereal, olival, amendoal e plantações novas correm sérios riscos”.

Nos campos, os pastos para animais estão afetados, as charcas secas e há ribeiras que não correm, de acordo com a descrição que fez.

Armando Pacheco apontou ainda a preocupação com o manto de matéria seca que se formará nas florestas e lembrou que já arderam “mil e tal hectares em Montesinho, no mês de janeiro”.

“Era importante que já tivesse chovido no inverno, mas que, pelo menos, chova em fevereiro”, declarou.

Foto: AP

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