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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 22 de março de 2022

Caçarelhos quer realizar o maior festival da gaita-de foles do país

 Caçarelhos, no concelho de Vimioso, no distrito de Bragança, prepara o maior festival de gaita-de-foles do país, uma iniciativa que pretende colocar em destaque este instrumento, para o qual já estão confirmados mais de 200 tocadores.


“O primeiro festival começou com 30 gaiteiros. No segundo ultrapassámos os 100 tocadores e atualmente já temos mais de 200 vindos de Lisboa, Porto, Coimbra, Minho, Terra de Miranda, Galiza e Barcelona (Espanha), entre outros territórios da raia nordestina. Creio que vamos ter o maior festival do país e um dos maiores da Península Ibérica”, explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Caçarelhos, Licínio Martins.

De acordo com o autarca, o objetivo é promover naquela aldeia da Terra de Miranda o “maior” Festival da Gaita de Fole do país, com inscrições ainda abertas e num futuro próximo começar a preparar o maior festival da Península Ibérica, que pretende juntar meio milhar de tocadores deste instrumento tradicional.

Este festival está inserido da Feira do Pão de Caçarelhos, um certame que é uma montra dos produtos da terra e que atrai público de ambos os lados da fronteira, estando este ano agendado para 09 e 10 de abril.

De acordo com a Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita-de-Foles, em Portugal é possível encontrar pelo menos três tipos principais de variedades do instrumento: a Gaita-de-foles da costa oeste, a de Trás-os-Montes e Alto Douro, chamada "Gaita Transmontana" ou "Gaita Mirandesa", e ainda a Gaita-de-foles da Beira Litoral, que possui características ligeiramente diferentes das duas últimas.

Embora todas estas possam ser chamadas pelo mesmo nome, são instrumentos com diferenças claras entre si.

Amadeu Soares, professor e coorganizador do festival, disse que foi com facilidade que ultrapassaram os 200 tocadores, fruto dos contactos existentes, de ambos os lados da fronteira, acreditando que chegar aos 500 não será difícil. Outra da tónica prende-se com a afinação deste instrumento em que vai ser preciso fazer dois grupos: um de gaitas galegas e outro de gaita mirandesa para poderem tocar um tema em uníssono.

“Vamos ter dois grupos, e só assim é possível ouvir o toque das gaitas, porque têm afinações diferentes, para que não haja falhas”, vincou.

Na segunda metade do século XX, o instrumento tinha, praticamente, desaparecido. Com um número reduzido de intérpretes, menor ainda era o número de construtores deste instrumento com origem em processos tradicionais. Outro dos entraves à sua preservação era também um reduzido número de gaiteiros em processo de aprendizagem.

“Em 2019, ano anterior à pandemia, na minha escola tinha 80 alunos com idades entre os 7 e os 70 anos, o que prova a dinâmica que instrumento atingiu na Terra de Miranda”, observou Amadeu Soares.

O uso da gaita-de-foles ultrapassou os domínios do tradicional, podendo encontrar-se conjuntos constituídos por gaita mirandesa e outros instrumentos, inclusive de base eletrónica, como acontece com grupos mirandeses como os Galandum Galundaina ou Trasga, entre outros.

Francisco Pinto, da agência Lusa

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