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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

NEM TODOS SÃO DIAS DE SOL

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

No silêncio mastigado das ruas, dançam como loucas, pétalas desfolhadas.
Em jardins-de-infância, germinam raízes que atravessam a alma, multiplicam-se em dor e dividem-se em pessoas. 
A falta de humanidade, arromba janelas e portas.
Nem todos são dias de sol. Enquanto as crianças ocupam os lugares invisíveis nos bancos da escola, o silêncio fecundo da noite cola-se nas ruas da cidade.
Ecoam nas avenidas inatingíveis da mente, vozes não amadas, que voam e se colam nas paredes das casas incendiadas.
Bandos de pássaros esvoaçam fustigando a luz, enquanto as árvores caiem num sono profundo.
Ardem as palavras nos peitos sufocados e o mundo debate-se em campos de batalha, onde os inocentes caiem condenados.
Sem paz, sem pão e sem vida jazem no chão em terra por Deus esquecida.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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