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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Mogadouro quer a opinião da população para futuro museu

 A Igreja Matriz de Mogadouro recebeu uma sessão pública de apresentação e reflexão conjunta, sob o mote "Que Museu queremos em Mogadouro".


O município de Mogadouro e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) estão a ouvir a opinião da população deste concelho transmontano para a elaboração do projeto de musealização do futuro Museu de Mogadouro, foi hoje divulgado.

“Com este tipo de inquérito, agora iniciado, esperamos que no final saia uma opinião honesta sobre as matérias que conformam a identidade de um território, com as quais nós nos relacionamos. É prioritária a mobilização da comunidade neste processo de musealização do futuro Museu de Mogadouro”, explicou à Lusa a museóloga Emília Nogueiro.

A especialista em museologia e docente no IPB disse ainda que não se pode avançar para o desenvolvimento do território, sem auscultar quem lá está, principalmente, em território de baixa densidade, onde se observa uma demanda da população.

“É preciso a opinião de que está no terreno para a ajudar a elaborar este processo de musealização. Um museu não é só um espaço de exposição do conhecimento académico. Hoje, um museu é agente de transformação onde está e as pessoas que estão neste local têm de ser as primeiras contactadas”, explicou a especialista do IPB. 

Domingos Marcos, o precursor da atual Sala Museu de Arqueologia de Mogadouro, no distrito de Bragança e já retirado, é da opinião de que “o futuro museu deverá exprimir aquilo que a população tem na alma”.

“É a população quem sabe o que deverá figurar no Museu de Mogadouro”, vincou.

Já Antero Neto, um investigador da cultura do concelho de Mogadouro, disse que é importante auscultar a população para se perceber as linhas da orientação temática do futuro museu.

“Há muito trabalho pela frente, porque desde logo muito do espólio do concelho de Mogadouro está disperso por outros museus. É muito importante perceber o que as pessoas pensam para a preservação da memória coletiva de um povo”, enfatizou.

Para o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, há neste processo um tempo para estudar e outro para executar e as metas já estão definidas.

“Já me daria por satisfeito se a obra estivesse concluída no final do atual mandato. A parte da museologia leva sempre mais tempo, porque há muitas entidades e outros agentes a ter que se pronunciar sobre este tema e sabemos que há atrasos. Ao estabelecer prazos, temos a noção de como evoluiu a futura estrutura museológica”, indiciou o autarca.

O autarca deste concelho do distrito de Bragança lembrou que o imóvel que acolherá o futuro museu, que fica na zona histórica da vila, junto ao castelo templário, igreja matriz e capela da misericórdia, foi doado por um particular, em 2002, ao município.

Na opinião da especialista em museologia, Emília Nogueiro, há um conceito “inovador" na forma como este museu está a ser pensado para responder às necessidades da comunidade “com um conceito de museologia critica”.

“A autarquia de Mogadouro é inovadora ao privilegiar o projeto museológico em detrimento do projeto arquitetónico, antecipando os serviços técnicos do museólogo em detrimento do projeto arquitetónico, o que vai permitir um maior envolvimento com a comunidade para que esta possa participar na configuração da narrativa do museu”, explicou.

Foto: CMM

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