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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Voluntários contam na primeira pessoa como foi participar no 60.º campo de trabalho na aldeia de Uva

 “Compreender a relação entre o território, o meio ambiente e a arquitetura vernacular foi uma experiência muito enriquecedora que muito nos inspirou”, “Deu-nos a todos nós uma nova perspetiva sobre o que a solidariedade pode significar”, “Eu amo apenas alguns lugares e Uva é agora um deles”, “Uma experiência memorável que aconselho a todos”, “Mostra como a Europa pode unir-se para construir coisas novas”, “Esta experiência foi além de todas as minhas expetativas”, “Aprendi tantas coisas”: estas são algumas das frases escritas pelo grupo de 13 voluntários/as da Croácia, França e Portugal que participaram no 60.º Campo de Trabalho Voluntário Internacional (CTVI) - Restauro de um pombal tradicional, que decorreu na aldeia transmontana de Uva, no concelho de Vimioso, entre os dias 23 de abril e 9 de maio.

Voluntários. Fotografia Tiago Daniel.

Durante este CTVI, foram realizados trabalhos de reconstrução e recuperação de um pombal tradicional e de muros de pedra, através do uso de técnicas tradicionais de construção, bem como atividades de conservação da natureza.

Trabalhos durante o 60.º CTVI. Fotografia Florence Magniez.

Este CTVI também teve como propósito promover a dinamização do mundo rural, a descoberta do território e da sua riqueza natural, patrimonial, cultural e humana, bem como a partilha intergeracional de experiências e conhecimento.

O 60.º CTVI foi realizado no âmbito do projeto "Hands on - Volunteering teams for Rural and Natural Heritage”, financiado pelo programa Volunteering in High Priority Areas do Corpo Europeu de Solidariedade da União Europeia, em colaboração com a associação Dragodid, da Croácia, e a associação Union Rempart, da França. Contou ainda com o apoio institucional do Município de Vimioso e da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva.

Trabalhos durante o 60. CTVI. Fotografia Fran Polan

O que disseram os/as voluntários/as sobre esta experiência?

“Para mim, este campo de trabalho permitiu conhecer as técnicas tradicionais de construção e compreender este tipo de estruturas, a minha curiosidade foi satisfeita! O mais vantajoso foi contactar com a comunidade, foi muito bom ter pessoas de quatro nacionalidades diferentes num só lugar. Acho que realmente mostra como a Europa pode unir-se para construir coisas novas, mesmo que sejamos de países diferentes!” Florian Chabridon - França

"O campo de trabalho do projeto Hands On em Uva deu-nos a todos nós uma nova perspetiva sobre o que a solidariedade pode significar, entre voluntários, idosos da aldeia, toda a comunidade e ecossistema. Além disso, compreender a relação entre o território, o meio ambiente e a arquitetura vernacular foi uma experiência muito enriquecedora que muito nos inspirou. Este foi um dos campos de trabalho em que participei favoritos e nunca foi tão difícil sair de um lugar! Eu amo apenas alguns lugares e Uva é agora um deles." Maja Flajsig - Croácia.

Florance Magniez.

"Poder conhecer e vivenciar uma parte tão rica da nossa cultura com pessoas de outros países foi muito interessante. Ganhei também interesse por algumas atividades e conceitos que nos foram apresentados nas atividades de lazer. Termos um contacto tão próximo com a população local também ajuda muito para nos sentirmos parte da aldeia e do programa. Excedeu verdadeiramente as minhas expetativas.” Diogo Villaverde - Portugal

"Quando digo a alguém que passei duas semanas a ajudar no restauro de um pombal numa aldeia (Uva), em Bragança, as pessoas ficam algo confusas. Mas não foram duas semanas apenas a limpar telhas, muros de pedra, etc. Durante esse tempo, pude conhecer um pouco as tradições dos habitantes daquela região, explorar o património e, acima de tudo, conhecer e fazer amizade com novas pessoas de vários países da Europa. Vão deixar saudades os jantares onde se ouvia uma panóplia de línguas desde o croata, francês, espanhol, “portunhol”, português, italiano. E quando uma palavra teimava em ficar na ponta da língua até a linguagem gestual era utilizada." Tiago Daniel - Portugal.

Fran Polan.

"Participar neste campo de trabalho foi para mim uma experiência extremamente enriquecedora, poder contribuir para a valorização e recuperação do património da minha aldeia, conhecer pessoas de diferentes origens e poder compartilhar bons momentos com o grupo e a população, culminando na festa da aldeia, não poderia ter sido melhor. Uma experiência memorável que aconselho a todos!" Miguel Lopes - Portugal

“O campo de trabalho em Uva foi maravilhoso e muito bem organizado. Eu gostei sobretudo das pessoas. Campos de trabalhos como este, nos quais temos realmente que trabalhar, são atrativos para pessoas que pensam de forma semelhante e são descontraídas. Nestas duas semanas, fiquei impressionada com a sensação de termos conseguido criar uma pequena comunidade funcional, e, mais importante ainda, de a conseguir manter.” Ana Uremović - Croácia.

Diogo Villaverde.

Tiago Daniel.

"Para mim, o campo de trabalho em Uva foi talvez a melhor experiência que tive este ano. Gostei muito de todos os participantes e de como aprendemos uns com os outros sobre as diferenças e semelhanças das nossas culturas. Todo esse "ambiente social" foi agradável e, em pouco tempo, tornámo-nos todos amigos. Estar num lugar tão pequeno como Uva permitiu-me ter uma melhor perceção sobre toda a cultura, tradição e dinâmica de viver numa pequena aldeia portuguesa. As pessoas de Uva também foram muito generosas e acho que todos nos sentimos acolhidos pela comunidade da aldeia. O trabalho que fizemos no pombal foi interessante e acho que todos aprenderam algo novo (trabalhar a pedra de uma forma particular, colocar telhas nos telhados, fazer argamassa, etc.). Foi divertido e educativo e acho que esse é o foco principal de workshops/projetos como este." Anica Tubanović - Croácia.

"Foi a primeira vez que participei num campo de trabalho voluntário, então não sabia o que esperar. Eu precisava de sair da rotina, queria conhecer pessoas e por mãos à obra. Estas duas semanas foram incríveis! A organização foi quase perfeita: horário, refeições, atividades… aprendi tantas coisas." Florence Magniez - França.

Florian Chabridon.

“Esta experiência foi além de todas as minhas expetativas. Tudo estava muito bem organizado. Aprendi muitas coisas úteis neste campo de trabalho e muito sobre a cultura e as pessoas durante os passeios de lazer. As comidas e bebidas tradicionais eram mais do que deliciosas, eu não conseguia decidir qual almoço era o melhor. Mas, para mim, o mais importante deste campo de trabalho foram as pessoas. Foi muito bom experimentar a vida em comunidade; durante duas semanas, senti-me como parte de uma pequena "tribo" que estava a ajudar uma comunidade local da melhor forma possível.” Fran Polan - Croácia.

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