Tudo começou no passado mês de maio quando uma advogada apresentou uma participação criminal junto do Ministério Público (MP) contra a Câmara de Vimioso por, supostamente, ter contratado, durante um ano, uma jurista sem as qualificações exigidas. A esta situação junta-se agora uma queixa-crime.
O presidente do CRPOA, Paulo Pimenta, explicou à agência Lusa que após ter “conhecimento da existência de factos que podem indiciar a prática dos crimes de usurpação de funções e de procuradoria ilícita, e depois de fazer uma análise de documentação e de informação envolvendo este contrato, decidiu avançar com uma participação criminal”.
De acordo com o CRPOA, “é ilegal o contrato de tarefa outorgado com um jurista sem inscrição em vigor na Ordem dos Advogados (OA), nem na Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução (OSAE), para a prestação de serviços de assessoria jurídica, nomeadamente para ‘realizar estudos, informação, relatório e elaboração documentos, do domínio’ com uma Câmara Municipal porque o seu objeto constitui a prática de um crime de procuradoria ilícita”.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, disse que “até ao momento, o município não foi notificado”. O autarca acrescentou ainda que “nunca lhe foram pedidas informações sobre esta matéria, tanto pela Ordem dos Advogados como pelo Ministério Público”.
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