Luís Rodrigues diz que há zonas onde não há quase azeitona:
“Isso vai ser terrível e eu estou muito apreensivo pois há zonas aqui na nossa região onde a quebra vai ser mesmo muito significativa.
A nível nacional está prevista uma quebra entre 30% a 40% e eu acho que aqui estaremos mais próximos dos 40%, se não for mais.
Isso deve-se ao clima que tivemos este ano.
Há zonas com alguma azeitona mas noutras não há quase nada.”
O ano passado, a produção de azeite na Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros ultrapassou o milhão de litros. Este ano, deverá ser a metade:
“Se fizermos de 50% a 55% do que fizemos o ano passado, consideraria uma campanha má mas que ainda nos dá algum equilíbrio financeiro, pois se não tivermos uma campanha normal, sabemos quais são os encargos mas não a receita.
Acredito que possamos chegar aos 600 mil litros.”
E é expectável que a campanha comece mais cedo:
“É natural que se antecipe também um pouco, em função do clima que tivemos este ano, com temperaturas altas, o que está a fazer com que a azeitona amadureça mais cedo.
Quando acharmos que está na altura, cá estaremos para a receber.
A campanha deverá começar na semana do 14 ou na do 21 de novembro.”
Recentemente terminou a campanha das vindimas na Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros , que começou mais cedo e foi mais curta.
Houve menos uvas que o ano passado mas o vinho é de qualidade, refere Luís Rodrigues:
“Foi uma campanha, para nós, normal, dentro dos valores dos últimos cinco anos, embora inferior à do ano passado.
Devido às condições climatéricas, as uvas não cresceram.
Ultrapassamos as 500 toneladas de uvas, está dentro do ideal e tudo indica que teremos um bom vinho este ano.
Inicialmente perspetivámos uma quantidade menor de uvas do que realmente houve.”
A cooperativa de Macedo tem atualmente mais de 2000 cooperantes, entre viticultores e olivicultores. Este ano houve a inscrição de mais cerca de três dezenas.
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