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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CONSIDERA NÃO SER "ACEITÁVEL" QUE MENINA INVISUAL DE MIRANDELA CONTINUE SEM PROFESSOR DE BRAILLE

 O PROBLEMA É O "CUMPRIMENTO DOS PRAZOS LEGAIS DE BAIXA MÉDICA", ADMITE ANTÓNIO LEITE.


O Secretário de Estado da Educação admite que não é aceitável que um mês e meio depois do início do ano letivo, Matilde Sampaio, a menina invisual de 11 anos que frequenta a Escola Básica Luciano Cordeiro, em Mirandela, ainda não tenha professor de braille. “Ainda não foi possível encontrar uma solução mas temos de a encontrar, porque não é aceitável a situação em que ela está”, disse António Leite, à margem do seminário nacional de educação e formação de adultos que aconteceu, em Mirandela.

Recorde-se que a docente especializada no ensino de braille que estava destacada para a escola Luciano Cordeiro está de baixa e o secretário de Estado da Educação assume a existência de dificuldades processuais na substituição da professora que decorre do facto de ainda estar a decorrer o prazo previsto na Lei em que vigoram as baixas médicas.

Enquanto isso, decorre, provisoriamente, um professor afeto ao agrupamento de escolas Abade de Baçal, em Bragança, está a vir à escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, uma vez por semana, mas “essa não pode ser a solução definitiva, porque ela precisa e tem direito ao apoio”, acrescentou António Leite.

Entretanto, a mãe da Matilde, diz estar indignada com o facto de a sua filha, há duas semanas, ter sido “colocada no corredor do bloco da escola acompanhada de uma funcionária a realizar uma questão de aula de matemática, enquanto os seus colegas de turma ficaram dentro da sala de aula”. 

Patrícia Costa adianta que a explicação que lhe foi dada, foi que “não havia salas disponíveis para a Matilde, nem professores para acompanhar a minha filha na prova dela”, refere“. 

Sobre este episódio, a direção do agrupamento de escolas de Mirandela não tece comentários.

Com este início de ano letivo tão atribulado, Matilde confessa que começa a ficar sem ânimo para ir à escola. “Já não tenho a mesma animação de ir para a escola e já dou comigo a dizer que o dia foi um bocado chato”.

Tempos difíceis, para esta menina invisual que ainda não tem professor de braille.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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