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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Indústria de laticínios critica aposta em nómadas digitais para ocupar o Interior

 “Não é com nómadas digitais que vamos assistir à inversão dos fluxos populacionais em direção ao litoral e às cidades”, frisam os industriais de laticínios. Está em causa a “autossuficiência do país".


O presidente da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) defendeu esta sexta-feira a relevância do setor lácteo para a economia nacional, em particular nas áreas geográficas em que se encontram os maiores polos de produção leiteira e de transformação industrial, notando ser “determinante para um país onde se pretende promover a fixação da população nas zonas agrárias e do interior, invertendo ou reduzindo os fluxos migratórios para o litoral e para as cidades”.

“Com o devido respeito pelas novas tendências de trabalho geradas pela pandemia e potenciadas pela recente evolução nas tecnologias de comunicação, não é com os nómadas digitais que vamos assistir à inversão dos fluxos populacionais em direção ao litoral e às cidades. É, sim, com a criação de condições para a sustentabilidade da produção e a geração de valor em setores como o dos laticínios”, declarou Manuel Casimiro de Almeida.

Na abertura do Encontro Nacional de Laticínios, que vai decorrer durante todo o dia na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, o líder dos industriais falou das “grandes dificuldades” colocadas pela subida dos preços da energia, da alimentação animal ou dos adubos num setor em que a cadeia de valor opera com “margens de comercialização muito exíguas”. E disse mesmo que “a sobrevivência do setor da exploração leiteira está em causa”, pois quando encerra uma exploração, normalmente o produtor não retorna a essa atividade.

“A autossuficiência do país no que respeita aos laticínios está em causa e, consequentemente, a soberania alimentar nacional. E, como se verifica noutros setores de atividade mundial, este tema de autossuficiência ou de dependência económica de países terceiros não é propriamente uma questão menor”, dramatizou Manuel Casimiro de Almeida.

No caso da indústria, particularizou o mesmo responsável, aos desafios estruturais como a inovação, a sustentabilidade, as tendências de consumo e a concorrência externa, junta-se agora a “questão problemática da absorção dos incrementos enormes de preços decorrentes do atual processo inflacionista e a capacidade de os repercutir nos preços de venda finais”.

“A subida exponencial do preço de aquisição do leite em natureza pela indústria ao produtor, os custos energéticos e de distribuição, a subida das taxas de juro, colocam sérios problemas de rendibilidade e sustentabilidade económica à indústria”, concretizou o presidente da ANIL, reclamando ao Estado a “adoção e concretização de medidas orçamentais ao nível dos impostos diretos e indiretos”.

António Larguesa

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