Uma investigação do Instituto Politécnico de Bragança permitiu concluir que este extracto pode servir de conservante e antioxidante.
A investigadora Isabel Ferreira explicou que este conservante foi inicialmente testado no queijo, mas foi desafiada por um produtor para que fosse aplicado também no vinho. “Este é um extracto obtido a partir de flor de castanheiro, muito rico em determinados compostos fenólicos. Patenteámos em 2018, tivemos a patente aprovada internacionalmente, também nos Estados Unidos e em Portugal”, esclareceu.
Estava assim dado o passo para a criação de um produto único no mundo. A empresa Tree Flowers Solutions produz e comercializa, em vários países do mundo, um extracto que substitui assim os sulfitos. “O nosso extracto é um elagitanino que tem capacidades antioxidante e antimicrobiana, que é a função dos sulfitos. Como é um produto natural tem um mecanismo diferente, mas no fundo o que nos interessa é que não promova a oxidação e microbiana e que a defenda”, disse o CEO, João Gonçalves.
O produtor do vinho “Casa do Jôa”, em Parada, no concelho de Bragança, Jorge Afonso, é já um dos utilizadores do extracto comercializado pela empresa Tree Flowers Solutions. “Quando li o artigo científico sobre esta propriedade da flor de castanheiro, fui a correr para o IPB, até conhecia o João Gonçalves, e andei a insistir que queria este produto, porque faz parte da matriz que eu quero seguir, que é pouca intervenção e fazer com que o vinho fique com os aromas e sabores mais originais possíveis”, contou.
O produto foi apresentado, no sábado, numa sessão sobre tecnologia e inovação na viticultura, no âmbito do Sustec Summer School, que decorreu em Talhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
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