Alberto Fernandes, um dos membros deste movimento, lamenta que, apesar dos constantes alertas, se volte a perder um montante tão elevado, que pertence aos territórios onde as barragens estão instaladas. Diz ainda que tem sido difícil chegar à fala com o Governo. “Nós pedimos reunião com alguns elementos do Governo, nomeadamente com o Ministério das Finanças. O que acontece é que durante este último mês não tivemos reunião com ninguém, as actividades parlamentares estiveram paradas e agora estão a discutir o Orçamento de Estado”, referiu.
Diz ainda que o movimento não compreende porque é que até agora o Governo de Luís Montenegro nada fez, assim como as instituições de direito. “Esta situação deve-se ao Governo, mas também às suas instituições, neste caso à Autoridade Tributária que nada conseguiu fazer perante esta situação, que tem de abrir no mínimo um procedimento de investigação, coisa que a directora-geral da AT desmentiu na última vez no parlamento”, apontou.
O movimento continua ciente de que tudo isto se trata de uma estratégia concertada para favorecer as concessionárias, assumindo que já passaram quatro anos desde o negócio das barragens e três governos, incluindo este, sem que nada tenha sido feito.
Segundo o movimento, “esta caducidade revela, em todo o seu esplendor, o desprezo que o Estado e os políticos nutrem pelas populações da Terra de Miranda. E indicia também o servilismo e a corrupção a que se deixaram submeter os poderes instituídos perante o poder económico das concessionárias”.
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