Ana Luísa Castro, sócia gerente, de uma agência de viagens, sediada em Macedo de Cavaleiros, criada em 2006, é uma das empresas que já está em fase de diagnóstico, no âmbito deste projeto. Explica que o que a levou a integrar a iniciativa e que o objetivo é crescer digitalmente, uma vez que evidencia que o contacto físico se está a perder, apesar de privilegiar o contacto informal com os seus clientes.
Outro exemplo de empresas macedenses que aderiram à iniciativa, são a Trovidoce e a Trovienergy. A Trovidoce é uma empresa com 41 anos, com 14 trabalhadores, familiar, que vende café torrado e outros produtos de confeitaria, porta-a-porta, semanalmente. O sócio, Cláudio Trovisco, no seu discurso salientou alguns aspetos, nomeadamente, que ser empresário no interior é mais complicado. O administrador precisa de ser mais resiliente do que no litoral, dando alguns exemplos, como as necessidades diferentes de formação para os seus trabalhadores ou as vias de acesso que fazem com que haja mais concorrência, por isso destaca que esta aposta na digitalização é uma mais-valia e lamenta não haver muitos interessados:
Em Macedo de Cavaleiros, já são 30 empresas que aderiram ao projeto Acelerar o Norte, enquanto que em Bragança estão inscritas 107 empresas, oriundas dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Bragança, Vimioso, Vinhais e Macedo de Cavaleiros, baseados na aceleradora de comércio de Trás-os-Montes. A outra está sediada em Mirandela. Anabela Anjos, gestora de transição digital da Aceleradora de Comércio Digital de Bragança destaca que a nível local, a adesão é alta e também os comerciantes são bastante prestáveis:
O objetivo é conseguir alcançar 9 mil empresas para a região norte, num investimento que ascende a 19 milhões de euros, do Plano e Resiliência Português (PRR). Francisco Salgueirinho Moreira, gestor territorial e de capacitação do Acelerar o Norte, explica em que consiste esta iniciativa:
Na prática as empresas vão receber um voucher de 2 mil euros que poderão utilizar na aquisição de serviços contratados, trabalhando diretamente com os parceiros da iniciativa do projeto. A única obrigatoriedade das empresas é assumir o iva dos serviços. As empresas não poderão apresentar dívidas à Segurança Social ou às Finanças. O anfitrião, Paulo Moreira, presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Macedo de Cavaleiros estava notoriamente satisfeito, com a cada vez mais adesão de empresas:
A sessão foi encerrada pelo presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, que enalteceu a iniciativa e destacou que o município tem em mãos uma candidatura, no âmbito do alargamento da zona industrial e que o EMERGE – Unidade de Inovação, Modernização, Empreendedorismo e Gestão Estratégica, está sempre de portas abertas para as empresas:
O projeto vai terminar em setembro do próximo ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário