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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Viticultores admitem deixar uvas nas videiras devido à pouca procura

 Na Região Demarcada do Douro há viticultores que admitem deixar parte da produção de uvas nas videiras


A procura pelos produtores de vinho tem sido muito inferior à de outros anos, deixando os lavradores sem soluções para entregar toda a colheita ou parte dela.

Perante a incerteza, há quem ainda nem tenha começado a vindima, quando noutros anos já a estaria a acabar. 

Manuel Fernandes, em Ervedosa do Douro, é um exemplo. “O ano passado quando começou a Vindouro a 1 de Setembro já tinha cinco dias de vindima e nesta altura já estava pronta”, contou.

Este ano, a única certeza que tem, é que começa no dia 6 de Outubro a vindimas as uvas que já vendeu. “O vinho do Porto são 20 pipas, o resto está mais ou menos apalavrado, mas certezas poucas”, disse.

Em 2023, Albano Fernandes começou a vindima a 26 de agosto e terminou a 20 de Setembro. Este ano tudo acontece a conta-gotas. “Estou a vindimar a conta-gotas, porque nem sabem as que querem e algumas irão ficar nas figueiras. Quem não as tiver vendidas vai ser difícil e algumas são vendidas a preço de saldo”, lamentou.   

Para se perceber o preço de saldo, Manuel Covas faz as contas. “Um quilo de uvas produzidas por mim custa-me, no mínimo, 1,2 euros, se multiplicar por 700 quilos dá-me 900 euros, o que é impensável qualquer agricultor do Douro receber este ano por qualquer uva que seja. A média vai ser abaixo dos 350 euros, logo o prejuízo que os viticultores vão ter”, apontou.

No início do mês, um grupo de 20 viticultores do Douro foi a Lisboa para um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa. Saíram de Belém com alguma esperança, que está a esmorecer:

O que o Douro precisa é de uma revolução, defendeu Joaquim Monteiro.

Contra um Douro do avesso, em que quem produz uvas é quem vive pior, a Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense prevê novas manifestações para breve, avisa o dirigente Vítor Herdeiro. “Estamos a pensar fazer uma ou duas simbólicas e depois iremos fazer uma grande manifestação. Vamos ver como vai correr a venda do tinto, para ver como vamos intervir”, disse.

Intervir através de manifestações contra a crise que assola a Região Demarcada do Douro. Região onde se produzir o vinho do Porto e onde os agricultores lutam com cada vez mais dificuldades.

Escrito por Rádio Ansiães (CIR)
Foto: Rádio Ansiães (CIR)

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