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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O nosso Nobel

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)


 O Prémio António Champalimaud de Visão que este ano celebrou 19 anos (foi instituído em 2006, no ano seguinte à criação da Fundação Champalimaud) é conhecido, internacionalmente como o Nobel da Visão. Pelo montante atribuído aos vencedores (um milhão de euros – o Nobel “apenas” entregou, em 2024, aos laureados, em cada uma das categorias contempladas, onze milhões de coroas suecas que, à data corresponderam a menos de novecentos e setenta mil euros), pelo prestígio internacional que confere aos premiados, mas principalmente e sobretudo pelos benefícios carreados para as populações mais desfavorecidas, diretamente ou através das descobertas de notáveis e reconhecidos cientistas nas diferentes disciplinas da oftalmologia. O objetivo é nobre e está a ser perseguido com grande determinação e empenho: acabar com toda a cegueira evitável, em todo o mundo. Total ou parcial. E, entretanto, ir proporcionando às pessoas com menos recursos, tratamentos eficazes e atualizados à luz das melhores práticas médicas. Seguramente que o fundador haveria de sentir realizado o nobre propósito que o impeliu a criar uma fundação a que determinou que tivesse “por objeto e finalidade o desenvolvimento da atividade de pesquisa científica no campo da medicina”. Embora tivesse determinado que a forma e o modo de concretizar tais desideratos seriam definidos e totalmente determinados de comum acordo pela presidente vitalícia, Leonor Beleza e pelo testamenteiro Daniel Proença de Carvalho, seguramente que os problemas de visão que o atingiram no final de vida não são alheios a esta notável iniciativa.
Nos anos pares o prémio distingue cientistas ou institutos de investigação que se dedicam à pesquisa de terapias inovadoras para o tratamento das doenças óticas. Este ano, tal como acontece todos os anos ímpares o prémio destinou-se a instituições que no terreno tratam, cuidam e promovem boas práticas no apoio a utentes com problemas de visão. No anfiteatro à beira Tejo, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República e contando com a presença de distintas personalidades, civis, militares e religiosas, Leonor Beleza reafirmou a vontade e determinação em continuar o percurso iniciado há, precisamente, duas décadas, com a manutenção do prestigiado prémio, a contínua melhoria na pesquisa e tratamento do cancro, com especial menção para o pancreático e o reforço da investigação em neurociências e terapias digitais, com a abertura, para breve, de uma nova clínica nesta área da qual se espera uma autêntica revolução nos tratamentos com a intervenção, cada vez maior, das ferramentas e tratamentos baseados na Inteligência Artificial.
Dentro de pouco tempo irão ser conhecidos os prémios Nobel atribuídos pela Academia Real das Ciências da Suécia. Nessa altura e há quase uma vintena de anos, continuará a haver, nas áreas da investigação e da prática médica, em oftalmologia, cancro, neurociências e terapias digitais, uma honrosa referência a Portugal.


José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

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