1º ANTÓNIO DE MORAIS SARMENTO, natural da cidade de Miranda, filho de José Sarmento, fidalgo da Casa Real, e neto de José Gomes da Silva.
Fidalgo-cavaleiro por alvará de 3 de Fevereiro de 1724 (310).
2º Doutor ANTÓNIO MOREIRA PÊGAS FREIRE, natural da cidade de Miranda, filho de Matias Moreira, e de D. Isabel Pires.
Neto paterno de Nicolau Moreira e de D.Maria Gonçalves.
Bisneto de Bento Moreira e de D. Isabel Pêgas.
Terceiro neto de João Lopes Freire, fidalgo da Casa Real, todos naturais e cidadãos de Miranda do Douro.
Teve por armas um escudo esquartelado: no primeiro e quarto as armas dos Moreiras; no segundo as dos Pêgas e no terceiro as dos Freires.
Este brasão foi-lhe passado a 2 de Dezembro de 1774 e está registado no Cartório da Nobreza, livro I, fol. 213 v. (311).
3º MANUEL CARDOSO DE MATOS, boticário, que residiu em Miranda, casou com D.Maria Rodrigues.
Foi nomeado familiar do Santo Ofício por título do inquisidor geral D. Veríssimo de Alencastre, arcebispo de Braga, de 11 de Maio de 1678.
Este título, em pergaminho, encontra-se no arquivo da família Figueiredo, em Bragança.
Capelas
1º DIOGO GONÇALVES, cavaleiro da Casa Real, escrivão da alfândega de Miranda do Douro, e sua mulher D. Patornilha da Rua, erigiram uma capela dedicada a S. Pedro, na Sé de Miranda do Douro, em 1565(312).
2º Doutor LUÍS ÁLVARES DO REGO, abade de Sendim, natural de Miranda do Douro, obteve em 1616 licença para abrir um arco na Sé de Miranda por cima da porta travessa, da altura da mesma porta, para nele erigir uma capela, que serviria para sua sepultura, à qual vinculou
bens.
3º FRANCISCO SOARES DE ARAÚJO e sua mulher D. Úrsula Maria Godinho de Madureira, que residiram em Miranda do Douro, administradores da capela de S. Pedro (ver 1º, atrás citado) que cederam em 1636 aos cónegos para obras que projectavam fazer, recebendo em troca a de S. José da mesma catedral, para a qual mudaram as sepulturas de seus antepassados.
4º BERNARDA DE CHAVES, solteira, que residiu em Miranda do Douro, irmã do falecido cónego da mesma Sé, pediu licença em 1665 para mandar celebrar missa na capela que erigira, em harmonia com a vontade de seu irmão, a Nossa Senhora do Bom Sucesso no sítio da Terronha, limite da mesma cidade.
5º JOÃO CABRAL DE ARAGÃO, presbítero, doou em 1681 por escritura pública, bens à capela que mandou fazer na sua propriedade no sítio da Vilarinha, limite de Miranda, onde residia.
6º DIOGO DE MORAIS PIMENTEL, governador da praça de Miranda obteve em 1737 licença para oratório particular nas suas casas de moradia.
Era casado com D. Angélica de Mariz Sarmento, ambos da «principal nobreza desta província».
7º CARLOS MACARTE, natural da Irlanda, comandante de infantaria da praça de Miranda, e sua mulher D. Ana Joaquina de Ordaz Flores Sarmento, obtiveram, em 1776, licença para oratório particular nas suas casas de moradia.
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(310) Livro 15 das Mercês de El-Rei D. João V, fol. 322, in Dicionário Aristocrático.
(311) BAENA, Sanches de – Arquivo Heráldico Genealógico, p. 77.
(312) Todas as notícias deste capítulo constam do Museu Regional de Bragança, maço Capelas.
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8º FRANCISCO VAZ DE QUINA, cónego-prior na Sé de Miranda, obteve em 1790, licença para oratório particular nas suas casas de moradia.
9º INÁCIO TEODÓSIO RODRIGUES SANTA MARTA SOARES, provedor de Miranda, e sua mulher D. Maria Bernarda de Morais Sarmento, obtiveram, em 1773, licença para oratório particular nas suas casas de moradia.
10º D. FREI ALEIXO DE MIRANDA HENRIQUES, bispo de Miranda, fundou em 1760, na Sé Catedral, a capela de Nossa Senhora do Rosário.
Neste mesmo documento se alude à capela de S. Jerónimo, fundada na mesma Sé por Luís Alves do Rego, abade de Sendim, de que era administrador ao tempo, José Machado de Ataíde Alves do Rego, e a um vínculo de morgadio em Duas Igrejas, administrado ao tempo por João de Ordaz Flores.
Na cota deste processo há uma nota que diz: «Já não existe esta capela pela desfazer o Snr. D. Manuel Bispo deste Bispado»... e o bispo instituidor declarava que a sua capela seria para nela se celebrar missa quotidiana por todo o sempre!... Coisas do mundo!...
11º ANTÓNIO DE MORAIS MADUREIRA GODINHO, abade de Meixedo, em testamento feito em 1809, deixa herdeira sua sobrinha D. Joana de Madureira Godinho, filha de sua irmã D. Úrsula de Madureira Godinho (ver 3º atrás citado). O abade Madureira administrador do morgadio que esta sua irmã tinha em Miranda do Douro (durante a sua menoridade? por incapacidade?) (313).
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(313) Museu Regional de Bragança, Cartório Administrativo, livro 102, fol. 121 v.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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