Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 13 de setembro de 2025

Setembro é uma altura “crítica” para travarmos a expansão da erva-das-pampas

 Esta planta invasora, atualmente em floração, está a espalhar-se de forma alarmante em Portugal, alerta a investigadora Hélia Marchante, que apela à “ação de todos”. Saiba o que pode fazer.

Erva-das-pampas (Cortaderia selloana). Foto: Invasoras.pt

Procurando com atenção durante as nossas deslocações diárias, em pouco tempo iremos descobrir as plumas da erva-das-pampas (Cortaderia selloana) nas bermas de estradas e caminhos ou no meio de baldios e jardins.

O problema é que, apesar da sua beleza, esta planta invasora causa problemas sérios à saúde, à biodiversidade e à economia. O alerta é lançado por Hélia Marchante, docente na Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) e investigadora do CERNAS – Centro de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade. “A erva-das-pampas espalhou-se muito rapidamente no nosso país”, avisa esta professora universitária, num comunicado da ESAC, acrescentando que a espécie “substitui a vegetação nativa e é cara e difícil de controlar quando já está instalada.”

Hélia Marchante sublinha que “os cidadãos podem ter um papel essencial”, em especial através de três medidas:

  • registar ocorrências no projeto invasoras.pt, através da aplicação iNaturalist/Biodiversity4All;
  • até ao fim de setembro, remover as plumas antes da dispersão das sementes;
  • arrancar plantas jovens, evitando a sua instalação.

De facto, é normalmente de junho ou julho até fins de setembro ou inícios de outubro – durante a floração – que se formam as plumas novas, uma vez que as anteriores já se degradaram. E é no início dessa época, quando as flores ainda não evoluíram para frutos, que é mais seguro remover as plumas das ervas-das-pampas, pelo que essa é uma das principais formas de controlar o crescimento desta invasora, explicaram já Hélia Marchante e uma outra investigadora, Mónica Almeida, num artigo anterior.

Cada uma das vistosas plumas desta planta tem capacidade para libertar milhares de sementes, que por serem muito pequeninas e leves são fácilmente transportadas pelo vento, para outros locais onde germinam.

Mas além de ser rápida a espalhar-se pelo território, esta invasora agrava alergias e problemas respiratórios, forma maciços densos que eliminam espécies nativas e gera custos elevados de remoção para autarquias, empresas e proprietários, elenca a investigadora.

“Quanto mais tempo deixarmos passar, maior é o custo ambiental e económico. O controlo precoce e a prevenção são as estratégias mais eficazes”, sublinha Hélia Marchante, que lembra que esta espécie integra a Lista Nacional de Espécies Invasoras (LNEI), estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 92/2019, sendo ilegais a sua plantação, comercialização e propagação.

Sem comentários:

Enviar um comentário