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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 22 de março de 2025

III Passeio TT Castelãos

 No dia 6 de abril, em Castelãos, a Associação Juvenil Tronco promove o III Passeio TT.

As pré-inscrições podem ser feitas  AQUI. até dia 30 de março.

sexta-feira, 21 de março de 2025

"As Crianças gostam de brincar na lama"

Da Inteligência Artificial!  

Nos últimos anos, muito se tem falado sobre Inteligência Artificial. Já devem ser muito poucos os que não experimentaram o ChatGPT. A forma rápida como responde às questões colocadas, sejam elas quais forem, acompanha os atuais tempos de imediatismo. E a sua capacidade de interação com a pessoa que indaga, é surpreendente. O que no século passado demoraria umas horas a pesquisar, estruturar e escrever, nos dias de hoje, está acessível na palma da mão! O risco, é não se assumir que o que poderá ser escrito ou divulgado, provém da Inteligência Artificial e não da nossa Inteligência, dos nossos Conhecimentos e das nossas Emoções.

E relembrando a última edição do programa "Gato Fedorento", lancei o seguinte desafio ao ChatGPT. A resposta foi instantânea.

Consegues ajudar-me a escrever um texto com o título "As crianças gostam de brincar na lama!", baseado nos últimos acontecimentos da política portuguesa?


"As Crianças gostam de brincar na lama"

Há algo de fascinante na forma como as crianças se divertem na lama. Saltam, riem, atiram punhados de terra umas às outras e, no fim, regressam a casa sujas, mas felizes. Na política portuguesa, o cenário não é muito diferente. Os últimos tempos têm sido um autêntico recreio enlameado, onde os jogadores trocam acusações, fazem promessas irrealistas e, entre sorrisos forçados, tentam convencer-nos de que estão apenas a “fazer o melhor pelo país”.

Depois de uma campanha eleitoral repleta de tropeções, ataques pessoais e escândalos inesperados, assistimos agora a um parlamento fragmentado, onde alianças e traições se tornam parte do jogo. O novo governo enfrenta desafios complexos, enquanto os adversários políticos já preparam novas armadilhas, garantindo que a lama continue a ser o palco principal do espetáculo.

Tal como crianças que fazem birra no recreio, os protagonistas da política nacional parecem mais preocupados em marcar território do que em encontrar soluções concretas para os problemas do país.

E quem acaba por limpar a sujidade no final do dia? Como sempre, os cidadãos.

A questão é: até quando vamos tolerar este recreio enlameado? Talvez esteja na altura de exigir um pouco mais de maturidade dos nossos governantes. Afinal, brincar na lama pode ser divertido, mas governar exige mãos limpas.

Um Membro do Grupo, ativo e devidamente identificado.

Alunos da Universidade Sénior de Macedo de Cavaleiros protagonizaram uma performance no dia do Pai

 “Este mundo está todo ao contrário”! “Precisamos de um mundo com paz e sem guerras”! “Esta é a torre Eiffel, que me diz muito, porque passei quase toda a minha vida em França” foram algumas das frases que os alunos da Universidade Sénior de Macedo de Cavaleiros usaram, na performance teatral, que foram protagonistas, e de forma a celebrar o Dia do Pai, e que mostram a alguns utentes de centros de dia do concelho.


O espetáculo surge no contexto de dois dias de trabalho, e na reta final da exibição da “Exposição Mente. Sente?” que esteve patente no Museu de Arte Sacra, desde 6 de dezembro, em Macedo de Cavaleiros.

“Um momento em que mostraram emoções, a sua história de vida e a sua “verdade”, como contou muito emocionada, Bela Oliveira, que é aluna há 9 anos e que contou que esta universidade foi o melhor que lhe aconteceu na vida:

“Espetacular. Emocionei-me e muito, porque são muitas emoções que transmitimos. Eu representei a minha mãe, que me deu vida e o ser que tenho hoje. E sou muito grata por ela, apesar de hoje ser o dia do pai, porque também foi muito importante para mim. Mas a minha mãe mais, porque me deu vida. E e todos os colegas dissemos um pouco da nossa verdade. Todos sentimos muito estas emoções. Nós já estávamos há dois dias a preparar isto. Foi muito pouquinho. Mas a professora Inês convidou-nos para este fim. E de facto foi extraordinário. E nunca tive tanta emoção na minha vida. Já tive algumas sim, com os meus filhos, mas hoje foi espetacular”.

Já o público era composto por utentes de centros de dia, como do Lar de Grijó e também da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, que apreciaram a iniciativa:

“Sim, gostei”, contou Maria Artilheiro de 96 anos.

“Gostei, sim senhora. Porque é o dia do nosso pai, que já faleceu há muitos anos e hoje mesmo rezamos por ele”, disse Ana do Fundo, de 83 anos.

“Gostei muito, porque vamos para idade e gostamos”, confidenciou Maria Pinto de 90 anos.

O desafio foi feito pela professora Inês Falcão, a quem coube a direção artística da exposição, que considera que têm que ser realizadas mais ações com a Universidade Sénior:

“Penso que nós temos que fazer mais atividades deste género, a nível da arte e da componente artística, com a mente a aquilo que sentimos. Porque é uma emoção forte que nos toca um bocadinho a todos. Dentro daquilo que se está a passar a nível global e a nível do país, estes momentos fazem-nos pensar, duas três, vezes. E até levar aos mais jovens estes espetáculos e performances”.

O trabalho foi dirigido por Tânia Oliveira Pires com os alunos, que desenvolveu práticas artísticas para obter paz interior. Um momento livre de interpretação:

“É que nós diariamente somos obrigados a ser pouco emotivos, não é? Parece que temos que controlar tudo aquilo que sentimos e as emoções. Ou porque parece mal, ou porque temos que estar sempre congelados. E aqui o objetivo era o oposto, era a pessoa poder libertar-se. Poder ser aquilo que é. Porque é isso que nos torna humanos e transforma a humanidade. Ou seja, criamos aqui um coletivo de pessoas, que têm uma história, e que a pode partilhar e sentir. Ser livre. A nível expressivo. Ser ela própria, desenvolvendo a sua própria autenticidade. Este workshop vem neste contexto, também na saúde mental, que é tão importante nos dias de hoje. E a meu ver, para haver saúde mental, tem de haver a procura de autenticidade e da pessoa ser mais livre”.

A capacidade criativa destes alunos é muita:

“Têm tanto para dar e nós podemos aprender tanto com eles. E podemos ajuda-los a viver a sua terceira idade da melhor forma, porque ainda há muita vida para viver”.

Também a vereadora da Área Social, Coesão Social e Bem- Estar do município de Macedo de Cavaleiros, Susana Viana, esteve presente, e não ficou indiferente:

“A Arte na Saúde mental. E os alunos trouxeram de si, a sua vida, as suas vivências, e aquilo que projetam para o futuro. Todos nós transportamos uma vida, não é? E, algumas partes da nossa vida são dolorosas e são difíceis de transmitir em palavras e houve alguns alunos que se remeteram ao silêncio, mas pela sua expressão conseguimos perceber qual era a mensagem que queriam transmitir”.

Um trabalho dirigido pela artista plástica Tânia OP (nome artístico) que investiga práticas artísticas de paz interior, com a professora Inês Falcão, em parceira com o Município de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

𝗙𝗲́𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗣𝗮́𝘀𝗰𝗼𝗮 𝗻𝗮 𝗕𝗶𝗯𝗹𝗶𝗼𝘁𝗲𝗰𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗧𝗼𝗿𝗿𝗲 𝗱𝗲 𝗠𝗼𝗻𝗰𝗼𝗿𝘃𝗼 - 7 a 21 Abril 2025 - Inscrições até 28 de março 2025

 Mais informação AQUI.

Corrida de São Pedro em Macedo de Cavaleiros pretende ser uma mais uma prova de referência no distrito de Bragança

 Já há data e cartaz da segunda edição da Corrida de São Pedro, que se vai realizar a 14 de junho, em Macedo de Cavaleiros, pelas 19h30, com partida do recinto com o mesmo nome. 


A corrida vai ser de dez quilómetros e conta ainda uma caminhada de cinco e é organizada pela secção de atletismo do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros, em articulação com o Município. 

O ano passado, a primeira edição contou com 418 participantes, por isso, este ano, as expectativas são superar estas mesmas, apontando para 600 pessoas a correr pelas ruas da cidade, como confessa João Chumbo, o responsável por esta secção: 

“A fazer a segunda edição, o objetivo é sempre melhorar. E este ano, as nossas pretensões e vamos trabalhar nesse sentido, de atingir no mínimo as 500 a 600 pessoas”.  

A prova este ano tem como padrinho, o atleta, Alberto Maravilha de 60 anos, que tem ascendência de Macedo de Cavaleiros. O atleta de crosse e fundo, que vestiu a camisola do Sporting Clube de Portugal e representou as cores portuguesas na seleção de atletismo vem dar também prestigio também à prova, sempre privilegiando atletas locais, como acrescenta o também atleta: 

“O Alberto Maravilha é um senhor que é ascendente de Macedo de Cavaleiros. Já não está por cá há uns anos, mas correu e representou o Clube Sporting de Portugal e também foi internacional pela selecção de atletismo. A nossa ideia foi sempre valorizar os atletas da terra. O ano passado tivemos o Orlando Alves, que será provavelmente o nome mais conhecido. O objetivo é zelar e dar algum mérito a atletas de Macedo de Cavaleiros, ou com ascendência daqui”. 

O objetivo é criar uma prova de referência em Macedo de Cavaleiros, promovendo a atividade física:

“Nós já há alguns anos que não tínhamos uma prova de referência em Macedo de Cavaleiros. Ainda se realizou a Corrida do 25 de Abril. Mas em proporção, a corrida de São Pedro do ano passado, teve uma adesão muito maior. 

E a intenção é, já que temos uma equipa de atletismo com tantas valias, com tantos atletas de nome e renome, é também proporcionar aos macedenses de correrem e de verem correr, alguns dos nossos atletas. É também um evento em que os macedenses podem confraternizar e praticar atividade física que é sempre importante para a saúde”. 

O valor da inscrição é de 15 euros para a corrida e 10 para a caminhada. E os prémios mais altos têm o valor de 200 euros. 

Esta é uma prova de atletismo organizada pelo Município de Macedo de Cavaleiros e pelo Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros em conjunto com a Associação de Atletismo de Bragança. Patrocinada pela empresa LPCNOR, e OPERA. 

Conta também com a colaboração de várias instituições e associações, entre as quais: Junta de Freguesia de Macedo de Cavaleiros, G.N.R., Agrupamento Escuteiros 602 – Macedo de Cavaleiros, Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros (B.V.M.C.) e Poison Team.

A secção de Atletismo do Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros foi criada há 4 anos, e conta com 60 atletas. 

As inscrições decorrem AQUI.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Estudante do IPB aproximou jovens da PSP com atividades de dança

 Cerca de 70 jovens estudantes de Bragança estiveram, ontem, nas instalações da PSP, onde, através da dança, quebraram o famoso pensamento de que os polícias são maus. A iniciativa partiu de uma aluna de Educação Social do IPB, que está a estagiar no comando de Bragança


Joana Almeida pretendeu, através do exercício físico, aproximar os jovens das autoridades. “As interações entre os alunos das escolas profissionais e a polícia existiam sim, mas precisavam de ser reforçadas. Eu planeei algumas atividades, incluindo esta, que é uma atividade dinâmica, para reforçar as interações que já existem, para, de certa forma, desmistificar aquela ideia de que a polícia só está lá quando acontece alguma coisa errada”.

A PSP desenvolve várias ações de sensibilização nas escolas, procurando assim demonstrar que os jovens podem confiar na polícia. Mas desta vez foram os alunos do Centro de Emprego de Bragança e da EPPU- Escola Profissional de Bragança que se deslocaram à esquadra e mostraram estar muito satisfeitos. “Isto mostra-nos que o polícia não é uma pessoa má. Podemos ganhar uma certa confiança em expor certos problemas”, disse um aluno.

Segundo o subintendente da PSP, Bruno Machado, cada vez há mais proximidade entre os jovens e as autoridades, através das atividades desenvolvidas no âmbito da Escola Segura. Com este programa, a PSP tem identificado duas problemáticas que os tem deixado mais alerta. “Os que mais nos preocupa, sem dúvida, serão aquelas relacionadas com o fenómeno do bullying e depois todas as outras que estão relacionadas com as novas tecnologias, como é o caso também do cyberbullying”.

A dança uniu estudantes e polícias nas instalações da PSP de Bragança incentivando o bem-estar físico e a cooperação num contexto descontraído.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

quinta-feira, 20 de março de 2025

Houve tempos em que aos fins de semana os colegas de trabalho se juntavam para confraternizar e esconjurar tudo o que podia dividir a equipa. Aqui, antes de pegar nos talheres e de nos aparrarmos,... uma prova de vinhos. Na foto só estão 1/3 dos "juízes".

2009 - Já partiram os dois à direita na foto. O anfitrião Ferreira e o Ernesto. Prevalecem as Memórias.

Quando se "arrumam" as Chuteiras, assume-se o lugar de Treinador. Boa rapaziada.

Uma passagem de testemunho, após ato eleitoral, nos SSPCMB (Serviços Sociais do Pessoal da Câmara Municipal de Bragança).

A AMIZADE DE CÃES E GATOS, PELOS DONOS

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

São frequentes os casos de amizade de cachorros, pelos donos, mas de gatos, como o " Principe Galfield", são raríssimos.
No mês de janeiro do presente ano, na cidade da Povoa do Varzim, faleceu o Senhor Bernardino Pereira. Seu gato ficou contristado e cheio de dor.
Dias depois, a Senhora Susana Vilar – funcionaria do cemitério, – deparou sobre a sepultura do Senhor Bernardino, bonito e gordo bichano, de cor amarela, dormitando.
Como o gato permanecesse sobre a campa, não mostrando intenção de sair, a Senhora Susana, enternecida, condoeu-se, dando-lhe de comer.
Soube a família do Senhor Bernardino, o que aconteceu e, resolveu deixá-lo ao cuidado da Senhora Susana, contribuindo nas despesas de alimentação.
Considero, este caso, inédito, por se tratar de um gato; já que são vulgares com cachorros, como a amizade do Argus, por Ulisses. Certa vez, este,teve que partir para a guerra Regressou após dez anos de aventuras, Vinha desfigurado, velho, irreconhecível, mas quando o Argus o viu, saltou de contentamento e, tal foi sua alegria, que morreu.
Também Adolfo Destroyes, conta, no semanário parisiense: " La Mosaique", em 1874, a história de " Moustaphá".
Uma noite o cachorrinho apareceu coberto de ferimentos e enlameado, a Roberto. Compadecido, lavou-o e tratou das feridas.
Durante anos foram alegres companheiros, até que " Moustaphá" foi atacado de horrorosa doença. Roberto resolveu afogá-lo no Havre, mas ao fazê-lo caiu-lhe o bonito boné grego, que trazia. Fez tentativas para o reaver, mas foram infrutíferas. Regressou taciturno, talvez corroído de remorsos.
Pela madrugada sentiu que mexiam na porta da rua. Levantou-se, sonolento. E o que viu? O “Moustaphá“, ensanguentado e enlameado, com o boné entre os dentes.
Atirou para o dono um olhar de amargura e dando um grito de aflição, morreu.

Agora um caso verídico:

Em 1850, faleceu o Senhor Gray. Após o funeral, desapareceu o Boby. Encontraram-no, mais tarde, no bar, onde o dono, ás quartas-feiras, tomava o pequeno almoço, na companhia do cão, dando-lhe sempre um bolo.
Os empregados ao ver o cachorro, tiveram compaixão e enternecidos deram-lhe o habitual bolo; estranhamente não o comeu, mas levou-o na boca.
Curiosos, os empregados, seguiram-no e, ficaram varados quando o viram dirigir-se para Greyfriare, e sentando-se na sepultura, onde estava o dono, comeu-o morosamente.
Embora fosse proibido aos animais permanecerem no cemitério, abriram exceção, ao dedicado animal. Boby morreu em 1872.
Foi erguido uma estátua, em Edimburgo, em sua memória.
Se o felino da Povoa vivesse em Inglaterra, talvez se levantasse um monumento, mas vive em Portugal, e não creio, que o Município, nem a população, pense em tal.


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

E estava em Bragança o Circo Merito...

Hora de Ponta...

Alegada falta de disponibilidade de ambulâncias do INEM prejudica auxílio a mulher que sofreu AVC em Alfândega da Fé

 A mulher de 69 anos acabou por falecer três dias depois


É mais um caso da alegada falta de recursos do INEM para prestar auxílio às populações, e neste caso no distrito de Bragança.

No passado sábado, uma mulher de 69 anos, de Alfândega da Fé, morreu, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) depois de alegadamente não ter sido socorrida com a rapidez desejável devido à falta de ambulâncias disponíveis.

O filho da vítima considera inadmissível que, na altura em que ligou para o 112, tenha sido informado de que não existia, nenhuma ambulância do INEM para transportar a mãe.

O caso aconteceu no passado dia 12 de março (quarta-feira), ao final da tarde. Carlos Rachado ligou para o 112 depois de a sua mãe ter sofrido um AVC. Mas, do CODU (Centro Orientação de Doentes Urgentes), teve a indicação que não havia ambulâncias do INEM disponíveis para a transportar para uma unidade hospitalar. “A de Alfândega da Fé tinha ido para Bragança, Vila Flor e Mogadouro também não estavam e na minha aflição, liguei para os bombeiros e requisitei uma ambulância, uma ambulância sem ser do INEM. Por acaso a corporação dos bombeiros tinha uma ambulância disponível, e vieram-me aqui ajudar para eu conseguir enviar a minha mãe ao centro de saúde. Entretanto, ligaram do INEM e disse-lhe que tinha requisitado uma ambulância, porque a minha mãe esteve mais de meia hora à espera. Depois, o médico local ligou para o INEM e estivemos 40 minutos à espera de uma que veio de Mirandela”, conta.

Contas feitas, entre a primeira chamada para o 112 e a entrada da mulher no hospital de Bragança, passaram duas horas e meia. Carlos Rachado não esconde a sua indignação. “Não é admissível haver tantas ambulâncias indisponíveis. Acho que é negligência. Se eu não tivesse tomado essa atitude de ligar para os bombeiros, ficava com a minha mãe aqui em casa, à espera do INEM, para aí uma hora e tal”, lamenta.

A mulher de 69 anos ficou nos cuidados intensivos do hospital de Bragança vindo a falecer três dias depois, na manhã de sábado, dia 15 de março.

Carlos Rachado e a família estão a ponderar apresentar queixa no Ministério Público sobre esta falta de resposta célere no auxílio da mãe.

A VERSÃO DO INEM

Confrontado com o caso, o INEM respondeu à Terra Quente FM. O INEM confirma que recebeu uma chamada “pelas 18h44, para apoio a uma utente de 69 anos. Após triagem e aconselhamento por parte do CODU, o INEM acionou uma Ambulância do Corpo de Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, dado que as entidades parceiras do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) da região, mais próximas da ocorrência, incluindo os Bombeiros de Alfândega da Fé, informaram não ter ambulâncias disponíveis por ocupação noutras missões de emergência médica que ocorriam em simultâneo”, refere o INEM.

Mais tarde, o CODU diz ter ligado para o contactante “para fazer o acompanhamento e aconselhamento sobre o estado de saúde da utente e informar sobre a previsão de tempo para chegada do meio ao local”.

Nesta chamada, o CODU diz ter sido informado que “já não seria preciso ambulância porque a utente já se encontrava no centro de saúde”.

Pelas 19h11, o Centro de Saúde de Alfândega da Fé “contactou o CODU solicitando apoio para o transporte e referenciação hospitalar por aparente agravamento clínico, sendo que O CODU mobilizou para o local uma ambulância do Corpo de Bombeiros de Mirandela, que no momento era a entidade mais próxima e simultaneamente com disponibilidade de meio para efetuar a transferência da utente do Centro de Saúde de Alfândega da Fé para o Hospital de Bragança”, acrescenta o INEM, ressalvando que a indisponibilidade momentânea de meios no sistema, “não sendo desejável, pode ocorrer em momentos de maior procura dos serviços de emergência médica”, fim de citação.

BOMBEIROS DE MIRANDELA TEM RESPONDIDO DE FORMA RECORRENTE A SOLICITAÇÕES DE EMERGÊNCIA FORA DA SUA ÁREA DE ATUAÇÃO

também o comandante dos bombeiros de Mirandela, respondeu, por escrito, a propósito da intervenção daquela corporação ao disponibilizar uma ambulância do INEM, para fora do seu território de ação.

Na nota escrita, Luís Soares diz que os Bombeiros de Mirandela pelas 19h do dia 12/03 “receberam um pedido via CODU para emergência médica fora da área de intervenção do Corpo de Bombeiros de Mirandela”. No entanto, no momento do pedido a ambulância do Posto de Emergência Médica/INEM “estava ocupada numa ocorrência na localidade do Franco, as outras equipas de serviço estavam ocupadas em outras ocorrências”.

Às 19:23 foram novamente contactados pelo CODU para o mesmo serviço solicitado anteriormente (Alfandega-da-Fé), já com disponibilidade demonstrada por parte deste Corpo de bombeiros, considerando que as equipas “estavam operacionais para receberem novo acionamento, com informação que a doente estaria no Centro de Saúde de Alfandega da Fé”.

Segundo Luís Soares, a ambulância de emergência chegou ao local às 20h. “Avaliada a doente, foi acionada via verde AVC e a doente transportada para o Serviço de Urgência do Hospital de Bragança em que deu entrada pelas 21:14.”

Luís Soares faz questão de sublinhar que os Bombeiros de Mirandela têm respondido “de forma recorrente” às emergências médicas a pedido do CODU fora da sua área de intervenção.

“Só no ano de 2025, até ao dia 12 de março, há o registo de 30 ocorrências na área da emergência. 11 para Torre de Dona Chama. 10 para Valpaços. 6 para Alfândega da Fé e uma para Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros e Murça”.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Terra Quente)

XII Passeio de Todo-o-Terreno (TT) - PALAÇOULO

Quo Vadis?

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)


 E pronto.
Estamos, de novo, convocados para, em eleições antecipadas, nos pronunciarmos sobre a solução governativa que, resultar da nova composição da Assembleia da República, sem se saber bem como e porquê.
Curiosamente o gatilho que despoletou a situação instável que, numa reação em cadeia, redundou na demissão do atual executivo, começou com a já famosa Lei dos Solos, que, em concreto, apresentou, finalmente, um contributo sério para dar um primeiro e significativo passo com vista a resolver, ou pelo menos atenuar, o grave problema da habitação em Portugal. E foi o que se viu. Apesar de, excetuando alguns extremismos, ter despertado um consenso geral, quer na sua formulação quer na fundada expetativa sobre a real eficácia, quando implementada, de repente levantou uma sequência de acontecimentos que, cumulativamente, desencadeou um autêntico terramoto político. Estranhamente, pelo que veio a público, ainda nenhum crime ou ilegalidade foi detetada ou sequer apontada pelas diferentes forças partidárias e, mesmo assim, este movimento, cavalgado pelas principais forças da oposição, começando pela queda de um Secretário de Estado, varreu o governo todo, com “descobertas” de patrimónios considerados tóxicos, acabando com acusações, ou melhor, insinuações, apontadas ao Primeiro-Ministro e, por consequência à liderança do Executivo, arrastando-o para a sua queda e convocação de eleições legislativas antecipadas. Mas, insisto, não foi dado a conhecer nenhum delito nem enunciada nenhuma norma jurídica concreta que tenha sido violada.
Será, portanto, uma questão política.
Legítima.
É disso que se trata, na Assembleia. Os vários dirigentes (todos, sem exceção), jurando querer a todo o custo evitar eleições, entenderam (ao contrário do que aconteceu no final do verão) ser oportuno “devolver a voz ao povo” esperando obter ganhos eleitorais.
O que não deve ser dado como adquirido.
O governo quer surfar a onda de ter satisfeito as principais reivindicações salariais de vários setores, desde os professores, aos polícias e oficiais de justiça e aproveitar o bom desempenho económico. Porém a saúde (e a habitação) continuam sem solução à vista. É, aliás, nestes dois setores que o PS quer apostar para expor o Governo pela incapacidade de resolução… porém, nestas áreas, os governos anteriores não têm créditos para exibir. O Chega, acha que chegou a hora de se libertar de uma bancada cujo tamanho é inversamente proporcional à qualidade e, pior, peca precisamente nos aspetos que escolheu como bandeira eleitoral. Vai chamar a atenção para a celeridade no afastamento de quantos infringem a apregoada e badalada ética exigida para os políticos. Porém, e isso não é de somenos, foi pela mão de Ventura que se instalaram na Casa da Democracia de onde não é fácil expulsá-los como recentemente o demonstrou o deputado açoreano. Estando esta formação política sustentada num único homem, como está sobejamente demonstrada na prática recente, que garantias podem os eleitores ter de que a nova composição das listas vai obedecer a um critério com um qualquer rigor adicional?
Chagámos pois a uma encruzilhada sem qualquer roteiro nem indicações seguras dos destinos a que nos irão conduzir as várias vias que aqui se encontram e que é necessário escolher.


José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

A 5 ª Divisão de MFA e o Verão Quente de 1975 é tema do novo livro do investigador Antero Neto

 A 5 ª Divisão de MFA e o Verão Quente de 1975 é tema do novo livro do investigador Antero Neto.


A “A Quinta Divisão do Movimento das Forças Armadas e o Verão Quente de 1975 no concelho de Mogadouro”, da autoria do investigador e escritor Antero Neto, com a chancela da editora “Lema d’Origem” após repto lançado pela mesa da Assembleia Municipal de Mogadouro.

“ Este projeto de investigação histórica após convite da Mesa da Assembleia Municipal de Mogadouro para que levasse a cabo um trabalho sobre o panorama social e político no concelho de Mogadouro no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, incluído nas comemorações dos 50 anos de Revolução dos Cravos” explicou Antero Neto.

Francisco Pnto

RECAP da variante de Vila Verde na Nacional 103 está em consulta pública até 7 de abril

 Entrou em fase de consulta pública, até 7 de abril, o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAP) para a construção da variante de Vila Verde da Estrada Nacional 103 (EN103) que liga Bragança a Vinhais.


Trata-se de um troço, com início ao km 236 e com fim no 245 km, da EN103, que inclui dois viadutos, um sobre o Regato do Vale de Cabrões com uma extensão de 600,00 m e o segundo sobre o Rio Tuela com uma extensão de 925,00 m.

O presidente da Câmara de Vinhais, Luís Fernandes, acredita que a publicação do RECACP se trata de um bom sinal e que a obra poderá avançar em 2026. “Tudo aponta nesse sentido. Estar em RECAP é a informação que a segunda fase será para avançar, tal como nos disse o ministro”, explicou o autarca ao Mensageiro

O projeto foi sujeito a procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) em fase de Estudo Prévio integrado no âmbito do designado projeto global da EN103 – Ligação entre Vinhais e Bragança, tendo sido emitida Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em 6 de setembro de 2022, segundo o relatório não técnico a que o Mensageiro teve acesso.

Ao abrigo desta DIA desenvolve-se agora o projeto de execução e o correspondente RECAPE das duas variantes a Vila Verde.

Para além da Requalificação da EN103, que já está em curso, envolveu o estudo de três Variantes à EN103 (Variante de Vila Verde, Variante de Castrelos e Variante da Câmara Municipal de Bragança). Das quais foram selecionadas duas.

Glória Lopes

Diário da República vai contar com publicações em língua mirandesa

 Protocolo entre a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, que publica o Diário da República, o município de Miranda e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa já foi assinado

O Diário da República vai ter publicações em língua mirandesa. O protocolo entre a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, que publica o Diário da República, o município de Miranda e a Associação da Língua e Cultura Mirandesa foi assinado, ontem, em Miranda.

Para Alcides Meirinhos, secretário da associação, este acordo confere maior reconhecimento e exposição ao mirandês no plano nacional. “Como diz o ditado ‘migalhas não são pão’ e, protocolo a protocolo, nós vamos conseguindo montar os alicerces para que a língua mirandesa seja reconhecida e não se perca. No fundo, ao nós entrarmos por essas instituições, a língua mirandesa já não é considerada uma língua menor, faz o caminho a par das outras línguas”.

O diretor do Diário da República, Bruno Pereira, conta que o principal objetivo é promover e divulgar a língua mirandesa através da publicação dos atos do município no site do Diário da República, mas não só. “O que esperamos que aconteça é que possam ser publicados atos da Câmara Municipal de Miranda do Douro, não só em língua portuguesa mas também em língua mirandesa e, portanto, permitirá que exista, dessa forma, uma divulgação da língua e da cultura mirandesa através do jornal oficial”.

A autarca de Miranda, Helena Barril, acredita que com a assinatura deste protocolo e com a resolução do Conselho de Ministros, sobre a criação da Estrutura de Missão, a língua está a ser “devidamente” valorizada. “Temos trabalhado para chegar a este nível. Agora, com a assinatura deste protocolo, cada vez mais sentimos que estamos a cuidar da língua mirandesa e a colocá-la naquele patamar que ela efetivamente merece”.

A Imprensa Nacional - Casa da Moeda vai assumir os custos do desenvolvimento e disponibilização universal e gratuita dos conteúdos a publicar.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

🎭 𝐓𝐞𝐚𝐭𝐫𝐨 | "𝐎 𝐂𝐚𝐫𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐌𝐨𝐫𝐫𝐞 𝐒𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐃𝐮𝐚𝐬 𝐕𝐞𝐳𝐞𝐬"

 O Miniauditório de Miranda do Douro será palco da peça o “O Carteiro Morre Sempre Duas Vezes”, no dia 5 de abril, às 21h00, com entrada livre.


A carta sempre foi mais do que um simples pedaço de papel - foi revolução, saudade e encontro. E o carteiro, esse mensageiro incansável, carregava consigo histórias, segredos e esperanças.

Inspirado nos registos autobiográficos de Agostinho Dias e em pesquisas sobre a profissão e atividade associativa dos carteiros, este espetáculo transporta-nos para um tempo em que a palavra escrita tinha um peso imensurável.

"O Carteiro Morre Sempre Duas Vezes " é um convite para mergulhar no universo daqueles que, além de entregar correspondências, levavam sonhos, notícias e afetos de porta em porta.

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