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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Dias 22 e 23 de fevereiro, 1 e 2 de março, a "Capital da Amendoeira em Flor" volta a ser Freixo de Espada à Cinta.

 Os "THE GIFT" e o "DAVID CARREIRA" já disseram "sim" a este grande certame que promete proporcionar-nos dois fins de semana intensos, com muita animação musical, artesanato, gastronomia, cultura, desporto e tanto mais... tudo bons motivos para nos visitar e usufruir da Feira da Amendoeira em Flor em Freixo de Espada à Cinta.
Dias 22 e 23 de fevereiro, 1 e 2 de março, todos os caminhos seguem em direção a Freixo de Espada à Cinta.

Venha celebrar a beleza das amendoeiras em flor. O concelho de Freixo de Espada à Cinta espera por si!

Topo do Cruzeiro e do Pelourinho de Outeiro

Por que os Brasileiros mudaram de opinião

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Tinha vinte e poucos anos quando a aldrava da porta da casa paterna soou três rijas pancadas. Era casal com sotaque carioca. Meu pai recebe-os de braços abertos e levou-os para a salinha de visitas.
Espicaçado pelo aguilhão da curiosidade pus-me à escuta, e verifiquei que eram vergonteas da família brasileira.
Entrei a medo e cumprimentei respeitosamente.
Ele, elegante e esgrouviado; ela, graciosa e redondinha como uma pucarinha.
Simpatizei com eles, e ainda mais quando me disseram:
- "Por que não vem ao Brasil? A nossa casa é espaçosa...seria um prazer recebê-lo.
Decorrido semanas recebi sobrescrito, tarjado de verde amarelo, com missiva confirmando o convite.
Aceitei e rejubilei. Em fresca manhã de maio, parti para o Rio.
O que observei, confesso que não me agradou: nas murmurosas ruas, deambulavam humildes trabalhadores, de tronco nu, descalços, de cútis que iam de negro a branco, o que me chocou bastante.
Parti num confortável onibus para São Paulo. Visitei parentes; de tudo que vi e ouvi, verifiquei que eram amáveis e simpáticos, mas pareceu-me que não morriam de amores pelo meu país: li e ouvi que éramos ladrões, porque roubamos o oiro; éramos, quase todos, analfabetos; que chegávamos a Santos de socos e pau às costas ou de tamancos aéreos portugueses; perguntavam-me, depreciativamente, se tinha pé na cozinha, porque era moreno e de cabelo ondulado; na TV e outros meios de comunicação, o português era alvo de chalaças; afirmaram-me que em tempos remotos exportávamos os bandidos, para o Brasil; e verifiquei, com desgosto, que o português tímido, que trabalhava no Rio, escondia a nacionalidade, imitando a fala brasileira.
Voaram décadas. No início do século, voltei ao Brasil. A mentalidade demudara-se completamente:
Todos desejavam ser portugueses e europeus. Diziam, com inveja mal disfarçada, que estávamos ricos, porque ganhávamos em euros; e que existia em Portugal gente muito culta, e de grande valor…
Que milagre se passara?
Não sei. Saberão, porventura, os brasileiros?


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

Assunto: Presidência Aberta em Bragança. Autor: Luís Vasconcelos. Data: domingo, 15 de fevereiro de 1987 - quinta, 26 de fevereiro de 1987


OS FIDALGOS - BRAGANÇA - CARRAZEDO - Família Morais Sarmento

 1º CRISTÓVÃO FERREIRA SARMENTO DE FRIAS PIMENTEL, sexto senhor da casa e morgadio de Carrazedo e mestre de campo do terço de auxiliares da comarca de Miranda, casou com uma sobrinha do deão de Miranda (João Botelho de Matos (210), que depois foi elevado à dignidade de arcebispo da Baía), D. Doroteia Faustina Micaela Botelho de Matos. Deixou descendência.
Era filho de Manuel de Morais de Frias Sarmento, quinto senhor da casa e morgadio de Carrazedo e proprietário do ofício de escrivão da Alfândega de Vinhais, e de D. Josefa Ferreira Sarmento de Lozada, sua parente, a quem adiante nos referiremos.
Neto paterno de António de Morais Sarmento, senhor e proprietário do ofício de escrivão da Alfândega de Vinhais, e de D.Maria de Frias Sarmento, sucessora da casa e morgadio de Carrazedo, filha de António de Frias Sarmento, terceiro senhor do morgadio de Carrazedo, e de D. Catarina de Lobão, natural do Azinhoso; neta paterna de Pascoal de Frias Sarmento, segundo senhor do morgadio de Carrazedo (filho de Gonçalo de Morais Sarmento e de D. Paula de Frias, natural de Lisboa, primeira administradora do morgadio de Carrazedo, filha de Teodósio de Frias), e de D. Izabel de Sá Ferreira, natural de Castanheira, filha de Gaspar Ferreira Sarmento (filho de Cristóvam Ferreira de Sá) e de D. Ana de Vargas Teixeira, filha de Vasco Anes Teixeira e neta materna de António Monteiro, natural do Azinhoso (filho de Martim Vaz Monteiro e de D. Guiomar Monteiro, filha de Diogo Monteiro, o Velho, e de D. Isabel da Costa), e de D.Maria Soeiro, filha de Miguel Fernandes Monteiro, morgado da vila da Mada, e de D. Isabel de Madureira, filha de João Telo.
Segundo neto paterno de Jerónimo de Morais Sarmento, natural de Tuizelo (filho de Aires de Morais Sarmento, também de Tuizelo e de D. Ana de Araújo Veloso, natural de Chaves, aos quais nos referiremos em Tuizelo – Morais e Sarmentos), e de D. Jerónima Ferreira de Sá e Faria, senhora e proprietária do ofício de escrivão da Alfândega de Vinhais, filha de Lopo Ferreira de Sá, senhor e proprietário do ofício de escrivão da Alfândega de Vinhais (filho de Francisco de Morais Pimentel, natural de Bragança, chamado o Meia lingua, porque não expressava bem as palavras, e de D.Maria de Sá Ferreira, sua segunda mulher, filha de Aires Ferreira de Sá, natural de Braganca), e de D. Isabel de Faria, filha de Marcos de Faria Machado, natural de Barcelos e de D. Isabel da Silva, filha de António da Silva Barreto, comendador da Ordem de Cristo.
Neto materno de Cristóvão Ferreira Sarmento Pimentel, fidalgo da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de D. Ana de Macedo, natural de Miranda, filha de Paulo de Macedo, mestre de campo de auxiliares e cavaleiro da Ordem de Cristo, e de D. Maria Mendes Pimentel, neta de José Súpico da Cunha, capitão-mor de Miranda.
Segundo neto materno de João Ferreira Sarmento, fidalgo da Casa Real, capitão de infantaria, e de D. Ana de Sá Ferreira, sua prima carnal(211).
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(210) José, e não João, era o nome do cónego, que depois foi arcebispo da Baía e suponho que não chegou a ser deão da Sé de Miranda do Douro.
(211) PINTO, D. Bento – Caderno de Árvores de Costado.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

Em dois anos, Vinhais investiu 15 mil euros no combate à Vespa Asiática

 Desde 2022, quando surgiram os primeiros registos de vespa asiática no concelho de Vinhais, que a autarquia tem vindo a realizar esforços para combater esta praga. No ano de 2023 foram eliminados 108 ninhos, número que aumentou, em 2024, para 436.


Os primeiros registos de vespas asiáticas no concelho de Vinhais datam o final de 2022. Desde então, esta espécie invasora tem-se espalhado rapidamente pelo concelho, “criando desafios significativos, sobretudo para os apicultores locais” refere o município em comunicado enviado à redação do Canal N.

De forma a combater a vespa asiática, o município investiu, nos últimos dois anos, cerca de quinze mil euros. Desta forma, e segundo os números partilhados com o Canal N, no ano de 2023 foram eliminados 108 ninhos, número que aumentou para 436 em 2024.

Recentemente, foi adquirida uma arma de ar comprimido com projéteis de inseticida, que permite tratar os ninhos quimicamente. Esta técnica assegura a eliminação completa das vespas num período de três a quatro horas. Os ninhos tratados são sinalizados com uma placa, informando a intervenção realizada.

“Embora os ninhos não sejam removidos, a falta de atividade no seu interior resulta na deterioração natural devido a fatores climáticos como vento, chuva e geadas” explica o mesmo comunicado.

Luís Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Vinhais, solicita ainda a colaboração da população, destacando a importância de reportar o avistamento de ninhos, de forma a que a sua eliminação possa ser realizada dentro de até 48 horas.

As localidades mais afetadas pela vespa asiática são Rio de Fornos, Agrochão, Vale das Fontes, Soutilha, Ervedosa, Nunes e Vinhais, com a maioria dos ninhos encontrados em árvores de grande porte como castanheiros e choupos (90%), enquanto os restantes 10% são localizados em oliveiras e habitações devolutas.

Jornalista: Lara Torrado
Foto: DECO PROteste

TT Sem Limites - PASSEIO TT

Gulbenkian abre candidaturas de apoio à criação artística


 A Fundação Calouste Gulbenkian abriu as candidaturas ao Apoio à Criação Artística, cujo valor pode variar entre os quatro e os 16 mil euros, em Artes Performativas, Artes Visuais, Cinema e Cruzamentos Disciplinares.


De acordo com informação disponível no ‘site’ oficial da Fundação Calouste Gulbenkian, podem candidatar-se ao Apoio à Criação Artística “artistas nacionais ou estrangeiros, com domicílio fiscal em Portugal, em nome individual ou através de uma instituição com a qual estejam a colaborar na execução do projeto objeto da candidatura”.

Os candidatos podem concorrer a quatro patamares de apoio – quatro mil euros, oito mil euros, 12 mil euros e 16 mil euros -para a realização de projetos que devem ser iniciados e executados entre 1 de julho deste ano e 31 de dezembro de 2027.

Entre os critérios de exclusão deste concurso estão o facto de as entidades candidatas beneficiarem, à data da candidatura, de apoios bienais ou quadrienais da Direção-Geral das Artes, de se tratar de projetos comerciais ou com caráter académico ou escolar.

As candidaturas decorrem até 10 de março. e “o número de apoios será determinado pela Fundação Calouste Gulbenkian”.

II Festival Galhofa promete juntar tradições de mascarados de Portugal e Espanha, já neste sábado

 A aldeia de Arcas, do concelho de Macedo de Cavaleiros, vai receber este sábado, a II edição do festival Galhofa, que este ano vai acolher mais de 25 grupos de caretos e mascarados de todo o país, mas também quatro de Espanha.


O objetivo deste festival é promover e dar a conhecer os diferentes grupos nacionais e também espanhóis, numa perfeita partilha de tradições e costumes, como explica Nelson Peixeiro, da Associação Núcleo de Costumes e Tradições de Arcas:

Porque os Caretos de Arcas costumam ir a muitas iniciativas de mascarados a Espanha e como no concelho de Macedo de Cavaleiros não havia nenhum evento que mostrasse vários mascarados de outros pontos do país, decidimos criar este para que as pessoas fiquem a conhecer o que nós vamos fazer lá fora e fiquem a conhecer outros grupos.

São diversos grupos que vêm de várias partes do país, destacando alguns, como de Salsas, Lazarim, entrudo de Constantim, Torre de Dona Chama, Lagoa de Mira, de vale de Ílhavo, Entrudo das Aldeias do Xisto de Góis, Bemposta, Chocalheiro de Vale de Porco, entre muitos outros.

As expectativas para o evento são as melhores, esperando a organização ter mais de 600 pessoas a assistir ao desfile dos 25 grupos de mascarados:

Este ano as expectativas são boas, até porque o tempo também ajuda. Esperamos ter 500 a 600 pessoas. Vamos ter um raid fotográfico pela primeira vez, na parte da manhã, onde já temos 20 fotógrafos inscritos, vindos de Portugal como de Espanha, que penso que vai ser um sucesso.

A primeira edição, embora tenha ocorrido noutra altura, dia 24 de dezembro, do ano passado, o que não correu tão bem, porque as pessoas andavamm ocupadas com a azeitona, e como são as festas de Natal, e a adesão das pessoas, não foi assim tão grande.

Peça primeira vez, no evento, vai decorrer um raid fotográfico marcado para a manhã de sábado. O desfile vai começar pelas 15h30. A par do desfile, há também mercado de artesanato com produtos regionais e animação musical a cargo do grupo macedense, Batucada, e ainda de Granus Barbela, brigantinos e uma apresentação teatral a cargo da Filandorra.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

Taxa de mortalidade diminuiu em dezembro no distrito

 Dados foram divulgados no site eVM - Vigilância de Mortalidade


A mortalidade no distrito de Bragança diminuiu em dezembro de 2024, em comparação ao período homólogo de 2023.

Segundo dados do site eVM- Vigilância de Mortalidade, na região, em dezembro de 2023, morreram 210 pessoas, sendo o quarto distrito do país com mais óbitos à proporção. Só Portalegre, Castelo Branco e Guarda estavam à frente de Bragança.

Já em dezembro de 2024, foram registados 192 óbitos, o que significa que Bragança é o terceiro pior distrito, em termos percentuais, a seguir à Guarda e Portalegre.

Quer isto dizer, que se registou uma diminuição 18 óbitos.

Nestes primeiros 15 dias do ano, já morreram 95 pessoas no distrito de Bragança.

A seguir à região de Lisboa e Vale do Tejo, é no Norte do país que se está a registar o maior número de óbitos. Entre 1 e 15 de Janeiro, morreram 1 936 pessoas na área de abrangência da Administração Regional de Saúde do Norte.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Município de Vila Flor implementa “Radar Social” para identificar pessoas em situação de pobreza e exclusão social

 Projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência


Acaba de ser implementado em Vila Flor o projeto Radar Social. Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, o objetivo é referenciar as pessoas que vivem em situação de pobreza ou exclusão social, mas também as que têm problemas habitacionais, ou outros que possam ser resolvidos pela câmara ou Estado central.

O autarca de Vila Flor, Pedro Lima, assume que, muitas vezes, as pessoas não procuram ajuda porque desconhecem as respostas ou não sabem como as procurar e, por isso, este é um projeto importante, que foi inserido na recente Unidade Orgânica de Envelhecimento Ativo do município. “Estamos a coordenar todos estes instrumentos de intervenção social dentro dessa unidade orgânica para conseguir dar a melhor resposta possível. Aquilo que se identifica, muitas vezes, é que as pessoas têm uma necessidade mas não sabem como supri-la, a quem recorrer. Muitas vezes o que não existe é essa capacidade de encaminhar, de dirigir o problema à solução”.

Os presidentes das juntas de freguesia também estão associados ao Radar Social, já que são os que mais próximos estão das pessoas mais isoladas e envelhecidas. “Incluímos as juntas de freguesia, porque os presidentes são os mais próximos dos munícipes e conhecem bem as necessidades que as populações têm”.

O projeto resulta de uma candidatura do município ao Plano de Recuperação Resiliência. A equipa é constituída por duas técnicas.

A equipa do Radar Social é composta por duas técnicas superiores: uma socióloga e uma assistente social.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

𝐇𝐚́ 𝐅𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐧𝐚 𝐏𝐫𝐚𝐜̧𝐚!... A 18ª edição irá decorrer no dia 25 de janeiro, no Largo D. João III.

 Os expositores interessados, deverão efetuar uma inscrição prévia, através do preenchimento da ficha de inscrição, juntamente com a declaração de compromisso e entregar no Balcão Único da Câmara Municipal, até ao dia 21 de janeiro.

XXVII Feira da Caça e Turismo e XXIX Festa dos Caçadores do Norte | Grupo Siga a Farra

 No dia 30 de janeiro (quinta-feira) às 22h00 estão todos convidados para assistir ao espetáculo do grupo Minhoto Siga a Farra na XXVII Feira da Caça e Turismo e XXIX Festa dos Caçadores do Norte.
O vira,o malhão, as desgarradas e outros êxitos da música popular portuguesa vai fazer parte do espectáculo deste grupo que anda a fazer a promoção do seu mais recente álbum nas televisões.

Um espetáculo a não perder.

De 30 de janeiro a 02 de fevereiro, venha descobrir o nosso património cinegético, natural e paisagístico.

🍴 O 𝐅𝐞𝐬𝐭𝐢𝐯𝐚𝐥 𝐆𝐚𝐬𝐭𝐫𝐨𝐧𝐨́𝐦𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐨 𝐑𝐚𝐧𝐜𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐌𝐢𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞𝐥𝐚 está de regresso a 𝟎𝟏 𝐝𝐞 𝐟𝐞𝐯𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐨 e já pode adquirir o seu 𝐤𝐢𝐭 𝐞𝐱𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟓!

  Locais de venda:

📌 Mercado Municipal/ACIM (antiga loja do Sapateiro da Alegria) (dias úteis)
📌 Centro Cultural de Mirandela (dias úteis)
📌 ECOTECA de Mirandela (dias úteis)
📌 Museu da Oliveira e do Azeite (diariamente)

O kit 2025 inclui malga, colher, caneca, 1x senha de pão e 1x senha de vinho - Preço de 7,5 euros

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

CASTING PARA PRODUÇÃO TELEVISIVA 📽🎥

 O concelho de Mogadouro vai ser palco de gravações de alguns episódios da próxima telenovela da TVI -  “A Protegida”, estando as mesmas agendadas para a próxima semana.
Durante os próximos dias, estarão abertas as inscrições para figurantes (todas as idades e ambos os sexos), junto do coordenador da Casa da Cultura J. Rentes de Carvalho, Rui Branco Silva, através dos seguintes contactos:

☎️ 279 343 079 

📧 rui.silva@mogadouro.pt

Nesta produção estarão envolvidas dezenas de pessoas, entre atores, figurantes e equipa técnica. Aproveite esta oportunidade para conhecer de perto o ambiente e o trabalho desenvolvido por detrás das câmaras.

Foi ontem realizada a sessão de tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bragança para o triénio 2025-2027.

 Foi ontem realizada a sessão de tomada de posse dos novos Órgãos Sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bragança para o triénio 2025-2027.


A lista que venceu as eleições do passado dia 13 de dezembro, assumiu funções, sendo que se mantém praticamente inalterada a constituição dos elementos que integram os diferentes órgãos sociais da AHBV Bragança relativamente ao triénio anterior.

Desta forma ficam assim constituídos os seguintes órgãos:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Júlio da Costa Carvalho – 
Vice-presidente – Paulo Alexandre Afonso Abreu, 
Secretária – Filipa Alexandra Silva Dias 
Suplente – Olga Liliana Branco Diegues
Suplente – Cândida Isabel Fernandes Gonçalves Moutinho Moreno 

DIREÇÃO

Presidente – José Sebastião Fernandes 
Vice-presidente – Luís Manuel Afonso Gonçalves 
Tesoureiro – Luís Henrique Esteves Braz 
1º Secretário – Luís Alexandre Rodrigues Gonçalves 
Secretário Adjunto – Rui Manuel Fernandes 
Vogal – Francisco Alberto da Silva Fernandes 
Vogal – Elisabete Mafalda Pires Macias Gonçalves 
Vogal – Manuel João Simão Braz 
Suplente – Jorge Santos Moreira 
Suplente – Lisete Moura Bruçó 

CONSELHO FISCAL 

Presidente – Nuno Alvares Pereira Maia 
Vice-presidente – Aristides Morais Gomes 
Secretário – Nelson Rafael dos Santos Tomé 
Suplente – Amílcar Figueiredo Jesus 
Suplente – José Carlos Fidalgo Martins 

De relevar que as principais alterações foram a saída do Dr. Fernando Calado e do Dr. Vítor Pereira, ambos elementos que constituíam a Mesa da Assembleia Geral desta Associação, voluntariamente terminaram as suas funções, e que muito bem as desempenharam, sempre com abnegação, altruísmo e responsabilidade, em prol da AHBVB e dos brigantinos ao longo de 17 anos.

Esta sessão solene contou também com a presença do Ex.mo Sr. Paulo Xavier, Presidente da Câmara Municipal de Bragança.

Havia um rio a correr-lhe sobre os pés…

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


 Havia um rio a correr-lhe sobre os pés. Seria de água ou de vento?
Era um rio sem formas conhecidas, feito de segredo e de um silêncio onde não existia medo. Talvez trazido pelo suspiro antigo de uma montanha ou de uma saudade velha sem nome, de algo que não se vê mas que se sente no corpo.
Esse rio não sabia que era rio. Sabia, apenas, que precisava de correr e que tinha, por algum capricho, escolhido os pés de Almair. E este, calado, não entendia se o rio era de água ou de vento. Mas isso não importava. Sentia o frio do rio na pele e o rio, por sua vez, sentia o calor dos seus pés, e ambos se olhavam, sem pressa. Porque o rio era um espelho do homem.
Esse rio, que vinha de um lugar distante, era um rio que nascia com Almair. Era o rio da sua própria vida, que ele nunca soubera exatamente onde começara nem onde acabaria. O rio das suas lembranças, aquelas que fluem sem aviso, sem que Almair perceba que as guarda dentro de si, como líquidos secretos que lhe correm entre as veias. Memórias de todas as suas incertezas e dúvidas, dos sucessos e dos arrependimentos, dos amores e das dores. E das perguntas incessantes que se tornam névoa, fazendo com que ele se perca em todas as respostas de palavras não ditas. Tudo aquilo que ele não compreende e que, no entanto, o empurra para diante e que, invariavelmente, se vai desfazendo à medida que o novo tempo se apaga entre os braços das horas.
O rio que surgiu, subitamente, sobre os pés de Almair, como se trouxesse consigo uma carta de despedida, diz-lhe que é também a espera, a estrada que ele ainda não caminhou. Ou o futuro que se dissolve na chegada do presente, num convite para a aceitação do agora, e lhe devolve a certeza de que o que está à nossa volta não é o que nos define, mas simplesmente aquilo que nos permite ser.
Os seus pés, neste momento imersos neste rio invisível, hesitam entre o toque da água e a carícia do ar, como se o coração, por um instante, fechasse os olhos para conseguir respirar. E ele sabe que esse rio, que não vinha de lugar nenhum mas de todos os lugares, feito de nada e de tudo, é somente a transparência da vida que lhe corre pelos dedos da alma.
Foi assim que Almair se reencontrou. Não no rio. Mas na quietude daquela invulgar e excecional presença vestida de ausência que, ao ser escutada, lhe revelou a sua verdadeira voz.



Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021, “Cultura Sem Fronteiras” (coletânea de literatura e artes) e “Nunca é Tarde” (poesia), e da obra solidária “Anima Verbi” (coletânea de prosa e poesia) editada pela Comendadoria Templária D. João IV de Vila Viçosa, em 2023. Prefaciadora dos romances “Amor Pecador”, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021), “As Lágrimas da Poesia”, de Tchiza (Katongonoxi HQ, Angola, 2023), “Amar Perdidamente”, de Mary Foles (Punto Rojo Libros, 2023) e das obras poéticas “Pedaços de Mim”, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021) e “Grito de Mulher”, de Maria Fernanda Moreira (Editora Imagem e Publicações, 2023). Autora dos livros de poesia: Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022) e As Dúvidas da Existência - na heteronímia de nós (Farol Lusitano Editora, 2024, em coautoria com Rui Fonseca).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.

Ponto de vista dois

Por: Manuel Eduardo Pires
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)


Falei do que me parecem ser os benefícios dos fenómenos migratórios. Mas convém tentar ver outras coisas. Mesmo que existisse uma política global, séria, sistemática de recrutamento e integração de imigrantes, isso não isentaria de obstáculos. Repito o que disse noutra altura: viver nestas sociedades ditas ocidentais, não é pera-doce. É certo que vistas de fora elas reluzem e atraem. Mas o relativo desafogo material de que desfrutamos leva-nos couro e cabelo, pagamos com língua de palmo o relativo bem-estar, a ordem, a segurança. Noutras partes do mundo a existência, embora menos segura, é mais relaxada.
Não podendo acolher todos os que de alguma forma se sentem insatisfeitos nas suas terras, porque são muitos, a europa pode integrar uns quantos milhões. Mas duvido que aqueles que a procuram para refazer as suas vidas no aspeto material tenham consciência daquela realidade. E quanto a saberem que ela é apenas a parte visível de uma história de dois mil e quinhentos anos, nem se fala. Além do mais, para os corajosos o panorama não é cor-de-rosa. Esperam-nos pelo menos duas ou três gerações de sacrifício, com dificuldades maiores ou menores em assimilar a língua, a cultura, a mentalidade dos residentes, enquanto vão cortando o cordão umbilical com as de origem, processo penoso que pode não correr bem, e por vezes não corre. Durante esse período, o mais provável é que a grande maioria dos recém-chegados ocupe posições sociais de pouco prestígio e baixos rendimentos. Sobretudo as segundas gerações, já cidadãos de pleno direito mas ainda com hesitações quanto à identidade, podem ter tendência a sentir-se desenraizados, injustiçados, revoltados. Um caldo de cultura propício ao germinar de marginalidades, delinquências ou até crime, como mostram os milhares que se juntaram ao daesh. Ou seja, mesmo uma situação ideal já implica transtornos que bastem. Tudo se complica, obviamente, no caso das deslocações selvagens em massa como as que estão a acontecer, dado o seu potencial desestabilizador.
Uma parte dos intelectuais europeus interiorizou os abusos da exploração colonial, que são factos inegáveis (com a escravatura em plano de destaque), em forma de má-consciência, sentimento reforçado pela noção das regalias de que nesta parte do mundo hoje desfrutamos e que contrastam com as condições menos favoráveis em que vive parte significativa da humanidade. Ora, como é sabido, toda a culpa redunda em desejos de expiação, sendo compreensível que, para muitos, esses complexos latentes sejam despoletados ao depararem-se com aqueles botes a abarrotar de pessoas ameaçando ir ao fundo no meio do mediterrâneo. São cenas que impressionam quem quer que tenha alguma sensibilidade. A este propósito penso nos documentários do início do século passado que mostram imigrantes de toda a europa a chegar à ilha nova-iorquina de ellis. Mesmo à distância não há frieza que resista perante o retrato vivo da pobreza, da fragilidade, da humildade humana. Porém, essa visão romântica contrasta vivamente com a que mostram muitos migrantes de hoje.
Não é o caso de pôr em dúvida a sua qualidade de vítimas, particularmente de redes de tráfico que os exploram e enganam. No entanto, para além de tomarem decisões voluntárias, há em muitos deles uma série de sinais que intrigam e retiram seriedade àquilo que nos é apresentado como problema humanitário. A começar pelo facto de se tratar de gente com muito bom aspeto, que domina as últimas novidades tecnológicas, se exibe em festa para as câmaras mal acaba de saltar a rede em mellila com a ligeireza de quem acaba de ganhar uma competição e, enquanto executa os mesmos trejeitos mímicos de quem está num reality show, deixa imediatamente clara a exigência de um país preferido: germany! england! 
E há outras estranhezas. Conhecemos bem a máxima “quem não tem vergonha, todo o mundo é seu”. Ora, quanto a isso, fico com a incómoda impressão de que a globalização deu a muita gente a sobranceira ideia de que “é tudo nosso”. Afeta-me um pouco que cheguem repletos de direitos, exigindo, manifestando-se, lamentando as fracas condições que encontram pelo facto de terem pago não se sabe a quem uma certa quantia em dinheiro. Coisas que não podem ser encaradas à la légère. E ao exprimir os seus receios perante elas, o cidadão europeu comum não precisa de ser xenófobo ou racista.

Nordeste - dez. 2018


Manuel Eduardo Pires
. Estes montes e esta cultura sempre foram o meu alimento espiritual, por onde quer que andasse. Os primeiros para já estão menos mal, enquanto a onda avassaladora do chamado progresso não decidir arrasá-los para construir sabe-se lá o quê, mas que nunca será tão bom. A cultura, essa está moribunda, e eu com ela. Daí talvez a nostalgia e o azedume naquilo que às vezes digo. De modo que peço paciência a quem tiver a paciência de me ir lendo.

Joaquim Xavier Pinto da Silva - Os Governadores Civis do Distrito de Bragança (1835-2011)

 20.junho.1859 – 12.março.1860
COIMBRA, 16.2.1818 – LISBOA, 1887

Advogado. Alto funcionário da Administração Pública.
Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra.
Governador civil de Aveiro (1851-1852), Portalegre (1852), Castelo Branco (1852-1856) e Bragança
(1859-1860). Deputado (1865 e 1868-1869).
Natural da cidade e concelho de Coimbra.
Filho de Justiniano Xavier Pinto da Silva, inquiridor do cível da cidade de Coimbra, e de Joana Amália Delfina Travassos.
Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (1.10.1863). Comendador da Ordem de S. Maurício e S. Lázaro, de Itália. Agraciado com carta de Conselho (3.5.1853).

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Batizado a 2 de março de 1818, foi seu padrinho o juiz de fora da cidade de Coimbra, José Vieira de Campos Monteiro, o que diz muito da sua elevada condição social.
Matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra a 17 de outubro de 1840, ali obtendo o grau de bacharel (1 de julho de 1843) e a formatura (13 de junho de 1845).
Começou a sua carreira na administração pública ainda na condição de estudante, como amanuense e 2.º oficial da secretaria do Governo Civil de Coimbra, entre março de 1839 e fevereiro de 1846, ano em que foi para Lisboa para exercer advocacia no escritório de João de Deus Antunes Pinto, depois de se inscrever no Supremo Tribunal de Justiça para poder exercer nos tribunais da capital. Ainda nesse ano, publicou um Índice ou repertório alfabético e remissivo da legislação portuguesa, especialmente sobre a administração pública, desde 1830 até 1845.
Em 14 de janeiro de 1847, em plena guerra civil da Patuleia, o marechal Saldanha nomeou Joaquim Xavier Pinto da Silva ajudante do seu secretário particular, mas logo no mês seguinte acabou transferido para a vila da Feira, como delegado do procurador régio daquela comarca. Ali se demorou apenas seis meses, já que em agosto do mesmo ano foi nomeado secretário-geral do Governo Civil de Ponta Delgada.
Exatamente um ano depois, em agosto de 1848, foi transferido para o mesmo cargo em Faro, e no ano seguinte para Aveiro.
A partir de 1851, foi sucessivamente nomeado governador civil de Aveiro (de 25 de junho de 1851 a 24 de janeiro de 1852), Portalegre (de 24 de janeiro de 1852 a 30 de setembro do mesmo ano), Castelo Branco (de 30 de setembro de 1852 a 1 de setembro de 1856), e, finalmente, de Bragança, nomeado a 20 de junho de 1859 e tomando posse a 1 de agosto seguinte, perante o secretário-geral Augusto Ernesto de Castilho e Melo. Seria exonerado do cargo a 12 de março de 1860, a seu pedido, para se candidatar ao lugar de primeiro-oficial da Direção-Geral da Instrução Pública, no Ministério do Reino, tendo tomado posse em 23 de abril de 1860.
Dali passou para a chefia da 2.ª Repartição da Direção-Geral da Administração Política, sendo entretanto nomeado para substituir o respetivo diretor-geral nos seus impedimentos, e nessa qualidade lavrou os autos do nascimento do futuro Rei D. Carlos, a 28 de setembro de 1863.
Filiado no Partido Regenerador, foi eleito deputado pelo círculo da Madalena, no distrito da Horta, para as legislaturas de 1865 e 1868-1869. Na legislatura de 1865, foi nomeado primeiro-secretário da Câmara dos Deputados e na de 1868-1869 integrou a Comissão Diplomática. A sua atividade parlamentar foi, no entanto, muito escassa, provavelmente porque tinha sido autorizado a acumular as funções de deputado com o cargo que exercia na da Direção-Geral da Administração Política, o qual lhe ocupava a maior parte do seu tempo. Limitou-se a subscrever a renovação da iniciativa de um projeto de lei para a criação de uma escola de pilotagem na cidade da Horta e outro sobre os depósitos judiciais, e um projeto de lei que autorizava a Câmara Municipal da Horta a estabelecer e criar impostos indiretos sobre géneros, incluindo para consumo particular.
Depois de abandonar o Parlamento, continuou no Ministério do Reino, como secretário do gabinete do respetivo ministro, nomeado a 4 de setembro de 1869, e logo depois, como chefe da repartição do gabinete da secretaria do mesmo Ministério, de onde saiu em 1870 para ocupar o cargo de chefe da Repartição de Beneficência do recém-criado Ministério da Instrução Pública. Extinto este Ministério apenas 70 dias após a sua criação, Joaquim Xavier Pinto da Silva regressou às funções que exercia anteriormente no Ministério do Reino. No final desse ano, por portaria de 17 de dezembro de 1870, foi transferido para a chefia da 1.ª Repartição Geral de Administração Política.
Em janeiro de 1878, quando António Rodrigues de Sampaio foi ministro dos Negócios do Reino do governo reformista do duque de Ávila, nomeou Joaquim Xavier Pinto da Silva para o seu gabinete, ali se conservando até à queda desse Executivo no ano seguinte.
Faleceu em Lisboa, em 1887, aos 69 anos.

Carta de Joaquim Xavier Pinto da Silva ao Conselheiro Leça, subinspetor-geral dos Correios (29.8.1859)

A correspondência oficial que da capital sobe para esta cidade demora-se, contando o dia da partida e o da chegada ao seu destino, seis dias, sendo portanto necessário doze para se receber, e que raras vezes cabe no possível, qualquer resposta na volta do correio.
Avalia V. Exa. por certo muito bem os graves transtornos que ao serviço público há de necessariamente trazer imensas vezes tão grandes delongas, que afetam também pela mesma razão os interesses particulares e comerciais dos povos deste distrito. Rogo pois a V. Exa. que, compenetrando-se da importância destas considerações, se digne adotar as providências que mais adequadas lhe pareçam tendentes a conseguir-se que a correspondência da capital se receba nesta cidade em menos espaço de tempo do que aquele de seis dias, como me parece poder ter lugar, e a este respeito permita V. Exa. que eu lhe faça algumas ponderações.
O correio que sai de Lisboa chega ao Porto no terceiro dia entre as 6 e 7 horas da manhã na diligência do Governo, e sai dali a mala para esta cidade pelas quatro horas da tarde desse mesmo dia na direção da estrada de Amarante, passando pelo Marão e Vila Real, e daqui para esta cidade, ora por Chaves, ora por Mirandela.
Se pudesse ter lugar que a mala que do Porto sai para aqui, em vez de ali se demorar nove ou dez horas partisse duas ou três horas depois, e em lugar de seguir a direção que atualmente toma, e que muitas vezes na estação do inverno demora além do tempo referido um dia ou mais em razão das chuvas, e especialmente das neves na passagem da serra do Marão, viesse à Régua para onde há uma estrada regular, e dali a Vila Real, onde também está muito adiantada a nova estrada, seguindo depois por Mirandela até esta cidade, seria possível receber-se com antecipação de um dia a correspondência, no que muito lucrava o serviço e o público.
Para a condução da mala do Porto até à Régua, lembraria eu a V. Exa. que adotado o meio que proponho se podia contratar com os empresários das diligências estabelecidas entre aqueles dois pontos, e que saem todos os dias da semana com exceção de um dia que julgo ser o de segunda-feira, às quatro horas da tarde, mudando esta hora para duas ou três depois da chegada da mala-posta ao Porto, isto é, até às nove ou dez horas da manhã, mediante uma subvenção que o Governo lhe pagasse, e que a meu ver custaria menos do que paga atualmente por igual distância, e da Régua seria depois conduzido por uma estafeta por Vila Real a Mirandela até esta cidade. No contrato que se fizesse se apontaria também que a empresa mandasse sair a diligência no dia da semana que agora falta.
Digne-se V. Exa. tomar em consideração estas minhas ponderações, e no caso de que elas mereçam a sua aprovação, adotar as providências precisas para se conseguir o fim que tenho em vista, ou aproveitar delas a parte que lhe pareça conveniente ou substituindo-as por outras que talvez melhor ocorram à penetração de V. Exa.
J. X. P. da Silva

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança, Governo Civil de Bragança, Correspondência Expedida, cx.19, liv. 83, fl. 24-25.

Circular de Joaquim Xavier Pinto da Silva sobre as eleições municipais em Bragança (1859)

26 de outubro de 1859
No dia 20 do próximo mês de novembro, conforme foi designado em Conselho de Distrito, deve ter lugar a eleição municipal nesse concelho.
Recomendando a V. S. o emprego dos meios ao alcance de sua autoridade a fim de que a eleição seja inteiramente livre e os eleitores encontrem toda a liberdade e proteção no desempenho do direito que vão exercer, não é intenção minha insinuar-lhe que a autoridade
administrativa se torne espectadora indiferente a um assunto de tal gravidade, e em que como cidadão tem direitos iguais aos dos outros cidadãos. Mas esta intervenção será exercida como um dever nos limites das atribuições legais da autoridade, insinuando e dirigindo a opinião pública no sentido do cumprimento da lei e dos verdadeiros interesses do País e para que se possa alcançar uma administração de cavalheiros que, colocados à testa da administração desse município, promovam os seus melhoramentos materiais, fiscalizem e zelem os rendimentos que lhes estão confiados, os esforços e diligências do Governo de S. M. na realização dos seus planos de regeneração do País.

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança, Governo Civil de Bragança, Correspondência Expedida, cx. 18, liv. 82, f. 182-182.

Fontes e Bibliografia
Arquivo Distrital de Bragança, documentos vários.
Arquivo da Universidade de Coimbra, documentos vários.
ALVES, Francisco Manuel. 2000. Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol. VII. Bragança:
Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus.
MÓNICA, Maria Filomena (coord.). 2004. Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), vol. III. Lisboa:
Assembleia da República.
REIS, José António; PEDROSO, Tiago Faro. 2015. Uns Pimentéis de Aveiro (2.ª parte). S.l.: Ed. do autor.

Publicação da C.M. Bragança

🖼️🎨Três espaços, três exposições. É já na próxima sexta-feira que a Estação das Artes inaugura a exposição “José Rodrigues: 𝐆𝐮𝐚𝐫𝐝𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬”

 A Estação das Artes, juntamente com a Ecoteca de Mirandela e o Museu Armindo Teixeira Lopes (MATL), integram um conjunto de equipamentos culturais que se têm destacado como polos de atração turística e centros dinamizadores da cultura e do património.


Inaugurada a 25 de setembro de 2024, a Estação das Artes oferece uma agenda variada, com eventos como exposições, workshops e feiras de livros. Este mês, destaca-se a exposição “José Rodrigues: Guardador de Estrelas”, que inaugura a 17 de janeiro, pelas 18:00 horas e termina a 18 de maio. Esta mostra, cuja entrada é livre, reúne obras de pintura, desenho e escultura que evidenciam a relação profunda entre a arte figurativa e a experiência humana. No mesmo espaço, está agendado para o dia 31 de janeiro o concerto "Escutar o Tempo - Reflexões Musicais Contemporâneas sobre Pandemia e Isolamento", interpretado pelo João Roiz Ensemble.

O Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes (MATL) recebe entre os dias 24 de janeiro e 16 de junho, a obra "Equilíbrios Sensoriais", de Adélia Clavien, uma exposição interativa composta por dois estilos e técnicas – Pop Art e Abstrato, que exploram a relação entre o corpo, a mente e o ambiente.

A Ecoteca de Mirandela, um espaço dedicado à educação ambiental e à sustentabilidade, acolhe, até dia 7 de abril, a exposição “Retalhos Meus”, da mirandelense Fátima Rodrigues. Esta exposição que utiliza a técnica de patchwork embutido, explora temas como religião, viagens, hobbies e natureza. 

Todos os equipamentos culturais estão abertos ao público de segunda à sexta-feira, sendo que a entrada no MATL e na Ecoteca de Mirandela tem um custo simbólico de 1 euro.