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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

IPB já deu início à formação de formadores ‘silver’ que vão procurar 500 cuidadores em aldeias

 Ajudar a criar emprego nas aldeias ao mesmo tempo que se cuida dos mais velhos. Estes são dois objetivos de um projeto internacional que envolve o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Diputación de Zamora (Espanha).


A primeira fase, que visa dar formação a 40 formadores, arrancou na segunda-feira, na Escola Superior de Saúde.

“O objetivo deste seminário internacional de capacitação de formadores ‘silver’ insere-se num projeto que o IPB tem com a Diputación de Zamora que visa capacitar, numa primeira fase, até 2026, 40 formadores ‘silver’ e 500 cuidadores ‘silver’. Hoje demos início ao processo de capacitação dos formadores. Depois vamos passar à fase dos cuidadores”, explicou ao Mensageiro Ana Galvão, psicóloga, docente e investigadora.

Considera-se um cidadão ‘silver’ [prateado, em inglês] aquele que tenha mais de 50 anos.

Este projeto tem inscrita uma verba de 80 mil euros.

“O IPB integra o projeto como Academia de Competências Gerontológicas, tanto para cuidadores como para formadores. Estes formadores vão ajudar-nos a formar os outros 500”, que serão selecionados nas aldeias de Vilariça [Alfândega da Fé], Quintanilha [Bragança], Cerejais [Alfândega da Fé], Babe [Bragança], Salsas [Bragança] e Vilarinho da Castanheira [Carrazeda de Ansiães].

“Vamos às aldeias porque o fator diferenciador deste projeto é o facto de querermos os idosos a envelhecer nas suas casas. Estamos a chamar idosas a pessoas com mais de 60 anos.  O que queremos é ter idosos com saúde, não idosos com muitos anos”, sublinhou Ana Galvão.

Objetivo é criar emprego

Os 500 cuidadores serão selecionados até ao final de julho, para iniciarem a sua formação a partir de setembro.

“Há muita gente a falar do envelhecimento mas, sobretudo, gente jovem, que nunca foi cuidador, nem formal nem informal, de idosos. Todos nós já cuidámos de dois ou três idosos nos nossos domicílios”, aponta.

A mesma responsável sublinha que “o principal objetivo [deste projeto] é promover o emprego. Os cuidadores serão remunerados. Neste momento só temos candidaturas abertas para se candidatarem como formadores e cuidadores”, explicou.

A equipa do IPB tem cinco elementos, entre psicólogos, gerontólogos, especialista em saúde pública e especialista de reabilitação.

A equipa irá reunir com as juntas de freguesia para solicitar um espaço para falar com a população e divulgar a ação.

“Queremos levar tecnologia para os idosos nos reportarem os problemas de imediato. Queremos dotar os domicílios das pessoas com inteligência artificial”, frisa Ana Galvão.

A psicóloga e investigadora esclarece que combater a solidão e o isolamento são os dois grandes pilares deste projeto.

 “Um dos principais problemas, muitas vezes, passa pela infantilização do idoso. “Não devemos infantilizar o idoso. O treino cognitivo é através de uma maior sociabilização. O cuidador ‘silver’ leva momentos pessoais ao domicílio das pessoas o que se pretende é que o idoso esteja sozinho o menor tempo possível”, refere.

Esta primeira ação internacional de formação contou com vários oradores, incluindo três médicas ortopedistas da ULS Nordeste, Bárbara Ferreira, Rita lavado e Sara Sabim. “Tivemos cá médicas ortopedistas da ULS que chamaram a atenção para a falta de informação sobre as fraturas do colo do fémur, sabendo nós que há maior percentagem de quedas do que cancro da mama, por exemplo. A população não está sensibilizada para isto. Temos pessoas de 60 anos carregadas de osteoporose”, sublinhou Ana Galvão.

As ofertas ficarão disponíveis na plataforma Silverjobs, cofinanciada pela União Europeia.

António G. Rodrigues

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