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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Freguesias rurais lutam pela sobrevivência

Autarcas alegam que a reorganização administrativa pode pôr em causa a relação de proximidade com as populações
A reorganização das freguesias deve ter em conta as características do meio rural. O aviso é dos autarcas de Espinhosela e Rabal, duas aldeias do concelho de Bragança que não querem ficar agregadas a freguesias urbanas.
“Não se pode perder o excelente trabalho que o presidente da Câmara Municipal de Bragança desenvolveu no meio rural, com novas sedes de Junta, que não podem ficar às moscas após esta reorganização administrativa”, salienta o presidente da Junta de Freguesia de Rabal, Paulo Hermenegildo.
O autarca teme que a anunciada reorganização administrativa deite a perder a essência do mundo rural e agrave a condição de isolamento das populações. “Há uma população muito envelhecida, pessoas que estão sozinhas porque os filhos estão longe, e que cada vez mais precisam de quem está próximo, como é o caso do executivo das Juntas de Freguesia, que ouvem as pessoas. E ouvi-las já é meia cura para a solidão”, recorda Paulo Hermenegildo.
O autarca de Rabal reconhece que a reforma tem que avançar, mas avisa que a proximidade inerente ao poder local e a capacidade de diálogo com as populações “são inquantificáveis” e não se podem perder. “Acho que isto tem que ser muito bem pensado e espero que quem decide saiba ouvir quem está no terreno”, considera Paulo Hermenegildo.

“Espero que quem decide saiba ouvir quem está no terreno”
O presidente da Junta de Freguesia de Espinhosela, Telmo Afonso, alinha pelo mesmo diapasão. “Não sei até que ponto haverá vantagens a nível financeiro. Pode-se poupar alguma coisa na remuneração dos autarcas, mas não esqueçamos que um agrupamento de 15-16 aldeias tem que estar bem apetrechado para dar resposta às solicitações”, relembra o autarca.
Além dos meios financeiros associados às transferências de competências, o responsável realça que cada agrupamento de freguesias terá de ter funcionários e um executivo com uma remuneração compatível com as suas responsabilidades. “Cada executivo vai ter que fazer muitos quilómetros para acompanhar e satisfazer as necessidades de cada uma das aldeias do agrupamento. Só isso já implicará um aumento dos custos”, alega Telmo Afonso.
Recorde-se que o programa do Governo prevê a reorganização territorial das freguesias, com consenso alargado, designadamente associação de freguesias, sobretudo nas áreas urbanas e nas regiões de baixa densidade.

Por: João Campos

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