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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os apanhadores de cogumelos vão ter licença - Evitar extinção das espécies

Os apanhadores de cogumelos silvestres que se dedicam à sua comercialização vão ser, a breve prazo, obrigados a ter uma carta de apanhador. A determinação consta do novo regulamento florestal, a publicar até ao final do ano, e é uma exigência com mais de duas décadas das associações micológicas.
\"Nós queremos que acabe a apanha desenfreada, sem quaisquer regras, de maneira a que se preserve o equilíbrio ecológico e garanta a subsistência das espécies\", disse ao Correio da Manhã Manuel Moreda, o presidente da Associação Micológica Pantorra, com sede em Mogadouro.
Para este responsável, se a apanha não for devidamente regulamentada e os apanhadores não tiverem formação, \"em pouco tempo mataremos esta galinha dos ovos de ouro\".
Nos distritos de Vila Real e Bragança, com destaque para Vinhais, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Vimioso, Vila Pouca de Aguiar, Chaves, Ribeira de Pena, Valpaços e Boticas, há mais de dez mil pessoas que se dedicam à actividade, sobretudo na época de Outono.
Estima-se que, por ano, na área destes concelhos sejam colhidas cerca de 1600 toneladas de cogumelos silvestres, num negócio que já ascende aos oito milhões de euros.
A maioria dos cogumelos colhidos na região é vendida para Espanha, onde há empresas que certificam e fazem distribuição para toda a Europa.
\"O cogumelo silvestre é cada vez mais procurado, por isso temos de trabalhar no sentido de o defender\", diz Manuel Moreda.
FAÇO 15 A 20 MIL EUROS POR ANO
António Azevedo, morador de uma aldeia do concelho de Vimioso, passa os meses de Outubro e Novembro por montes e vales à procura de cogumelos. É assim desde há quinze anos e, assegura, continuará a ser: \"Enquanto Deus me der vida e saúde e a actividade compensar\".
\"Tenho dias de apanhar quinze quilos de cogumelos de várias espécies, sobretudo boleto e lactário, que se dá nos pinhais\", disse ao CM este agricultor que não tem dúvidas em afirmar que ganha mais com os cogumelos do que com o trabalho de um ano inteiro na terra.
\"Faço 15 a 20 mil euros por ano, em média. Há anos melhores, com condições climatéricas mais favoráveis e outros mais secos, mas vai dando para o sacrifício\", afirma António Azevedo.
DISCURSO DIRECTO
\"A PROCURA EXCEDE A OFERTA\", Manuel Moreda, Presidente da Associação Pantorra
CM - É verdade que os cogumelos silvestres estão na moda?
Manuel Moreda - Cada vez mais. A procura excede largamente a oferta e esse é o nosso grande problema.
- Como assim?
- Os cogumelos são uma grande riqueza e a sua apanha é muito rentável. Ora, apanha-se sem quaisquer regras, o que pode comprometer a produção a breve prazo.
- Há assim tanta gente a apanhar?
- Muita mesmo. No Outono, vemos todos os dias carrinhas e carrinhas carregadas de cogumelos a caminho de Espanha.
- O que deve fazer-se?
- Deve regulamentar-se a actividade e fiscalizá-la.
COGUMELOS ATRAEM CLIENTES A MOGADOURO
A promoção que, nas últimas duas décadas, tem sido feita à actividade micológica e a utilização cada vez mais frequente do cogumelo silvestre na gastronomia, tem atraído clientela de todo o País aos restaurantes de Mogadouro.
\"Vem cá gente do Porto, de Braga e até de Lisboa à procura do que é realmente genuíno, de algo diferente, que não conseguem encontrar noutro lugar\", diz Eliseu Amaro, um cozinheiro que desde há 46 anos utiliza o cogumelo silvestre na confecção dos seus pratos.
\"Sabe que não tem nada a ver o aroma e o poder gostativo dos cogumelos de estufa comparados com os selvagens. É, se quiser, como comparar um frango de aviário com um verdadeiro pica-no-chão\", explicou ao CM Eliseu Amaro.
Referindo que \"o mundo micológico é fantástico\", Eliseu Amaro sublinha que \"a riqueza gastronómica dos cogumelos é inesgotável e cada vez mais apreciada\".
 Secundino Cunha in CM, 2011-07-23 

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