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Duas linhas de água rodeiam o povoado. Foram recolhidos alguns fragmentos cerâmicos e material lítico polido e talhado. Perto da sede, foram descobertos vários achados do período Neo-Calcolítico, como duas alabardas de cobre, ambas sensivelmente com as mesmas dimensões. A Anta de Arcã data também do período Neo-Calcolítico. Situada no lugar de Lameira de Anzendro, é uma Anta de corredor do IV-III milenio a.C. com 'tumulus' - a sua estrutura interna é formada por cinco fiadas de grandes pedras paralelas entre si e alinhadas no sentido sudoeste- nordeste.
O povoado fortificado de Poço dos Mouros, no Monte de Santa Catarina, data do período romano. O sistema defensivo era composto por uma pequena linha de muralha. A área fortificada não teria mais de duzentos metros. Foram recolhidos restos de mós, telhas, tijolos e cerâmica castreja. Ou seja, o local não foi criado pelos romanos, antes foi romanizado. O Castelo da Sobreira foi ocupado no período medieval. O recinto interior tinha uma planta sub-rectangular, orientada de nascente a poente. O povoado de Pendurada, na Quinta do mesmo nome, é de datação indeterminada.
Os indícios de estruturas que se observam fazem crer que ali existiu um povoado, fortificado ou não. O abrigo de Pala Ferreira, também de época indeterminada, situa-se no lugar de Barreiro. Este abrigo consiste numa fenda que se desenha nos xistos quartziticos da encosta declivosa de um monte, aberta ao vale do rio Tua. A fenda é relativamente alongada -9 m- e mais estreita no fundo -2,5m- do que na entrada -4m. No fundo tem a escassa altura de 2 m, mas na zona próxima da entrada atinge os 3 m, para voltar a descer para os 2,5 na entrada propriamente dita.
Paredes e tecto são de xisto quartzitico e no solo existem sedimentos muito negros. Abreiro foi concelho independente, com foral atribuído pelo rei D. Manuel I em 1514. Deve datar desse período, aliás, a construção do Pelourinho, classificado como Imóvel de Interesse Público. Foi derrubado em 1962, embora tenha acabado por ser reconstruído. É um pelourinho quinhentista de coluço piramidal, no qual o fuste é encimado por capitel de quatro faces onde se observam as armas de Portugal, além de outros emblemas ilegíveis.
Área: 242 ha
População: Cerca de 410 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Pelourinho, Cruzeiro "A Casa da Botica", "A Casa do Povo", Casa do Cruzeiro, Casa de Stª Luísa, Casa Senhoral, Casa da Dona Tulia, Casa Brasonada na Rua do Outeiro, Ruínasde Stª Catarina, Ruínas da Ponte Romana, Fonte sobre o Rio Tua, Estação do Caminho de Ferro, Cabeço da Forca, Casa da Estalagem, Fonte Centenária
Património Paisagístico: Vistas do Monte de Stª Catarina e da Serra do Bilhardo, Vistas do Largo do Carneiro para o Rio Tua
Festas e Romarias: Festas de Stº Estevão a 26 de Dezembro, de Stª Bárbara no terceiro Domingo de Agosto ambas em Abreiro, Festa de S. Pedro a 29 de Junho em Milhais
Gastronomia: Sopa da Matança, Alheiras com Grelos Salteados, Fumeiro, Presunto, Salpicão, Linguiça, Alheira, Folar da Páscoa, Bolos Económicos, Sopas à moda da Cegada, pela altura das Malhadas Ensopado de Grão de Bico, Granadas (Sopas com Alho e Vinagre), Pão de Centeio (Sêmea), fabricado em Abreiro
Locais de lazer: Poli-desportivo em Abreiro, Campo de Futebol em Abreiro e Milhais
Espaços lúdicos: Internet no Edifício da Junta, Biblioteca no espaço da Casa do Povo (onde brevemente irá abrir um Museu Etnográfico)
Lenda: Lenda da Fonte do Diabo
Turismo de habitação: Casa de Stª Luzia (em fase de Concretização)
Turismo rural: Casa de Stª Luzia (em fase de Concretização)
Orago: Stº Estevão
Principais actividades económicas: Agricultura, Olivicultura, Vinicultura, Amêndoa, Mel, Figo Pingo de Mel, Comércio, Cafés, Lagar de Azeite e Padaria em Milhais
Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Abreiro, Reserva de Caça Municipal Beira Tua
Retratos e Recantos
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