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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Bragança: Autarca preocupado com ação judicial da Quercus


O presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, afirmou que a ação judicial intentada pela Quercus para travar a barragem de Veiguinhas pode "por em risco vidas humanas" face à "situação dramática" no abastecimento de água à cidade.
A associação ambientalista avançou com uma providência cautelar que pode ter efeitos suspensivos sobre o projeto e impedir que o mesmo avance até ser decidida a ação principal, que também já foi apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, e que pode levar anos a ser julgada.
O presidente da Câmara de Bragança avançou hoje à Lusa que está a ser preparada pela proponente do projeto, a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, a contra-argumentação à posição da Quercus, mas mostrou-se "muito preocupado com esta situação".
"Uma eventual decisão errada vai trazer danos extremamente graves para a população, podendo trazer mesmo riscos associados relacionados com perdas de vidas humanas", afirmou.
Já o dirigente da Quercus, João Branco, garantiu, em declarações à Lusa, que o reforço do abastecimento a Bragança podia estar resolvido "há já sete anos", se tivesse sido construída a solução a partir do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, aprovada pelo Ministério Do Ambiente, em 2005.
"Há outras soluções e uma já estava aprovada e eu não sei porque é que ela não foi executada e passados sete anos decide-se no sentido inverso", afirmou, realçando que "o que interessa a Bragança é ter água, não interessa de onde é que ela vem".
O ambientalista afirmou ainda que existem "meia dúzia de alternativas" a Veiguinhas, algumas das quais não foram sequer estudadas, como o alteamento da atual barragem da Serra Serrada, a única reserva de água que fica esgotada depois do verão e já obrigou ao recurso a autotanques para garantir o abastecimento a cerca de 30 mil habitantes.
A Serra Serrada e Veiguinhas foram projetadas há 30 anos no sistema de abastecimento público que nunca chegou a ser concluído porque, entretanto, foi criado o Parque Natural de Montesinho e as leis ambientais ficaram mais restritivas.
Os ambientalistas entendem que Veiguinhas, aprovada em março depois de sucessivos chumbos ambientais, viola o plano de ordenamento da área protegida, o plano diretor municipal de Bragança, o Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Douro, Rede Natura, zonas de proteção especial e a lei de proteção do Lobo Ibérico, entre outras diretivas.
Para João Branco, existe ainda outra questão essencial: "saber qual o papel do Parque Natural de Montesinho para o desenvolvimento de Bragança, que só será atrativo se os valores forem conservados".
O autarca Jorge Nunes entende que "tudo é secundário perante uma situação grave que é o problema de abastecimento de água" que classificou de "uma situação única no país, de emergência, que carece de uma resolução".
"É preciso saber priorizar e hierarquizar os valores e, neste caso, é a vida humana que está em causa", reiterou, afirmando que em caso de rutura não haverá capacidade de resposta no país para garantir água à população.
Jorge Nunes adiantou que a obra já tem financiamento assegurado por fundos comunitários e que o projeto está a ser ultimado para lançar o concurso público de execução de forma urgente, logo que haja decisão judicial e esta permita avançar com a barragem.


Fonte: Lusa

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