Local: Soutelo, MOGADOURO, BRAGANÇA
Quando S. José e Nossa Senhora fugiram para o Egipto com o menino, a fim de escaparem à fúria de Herodes, como o Anjo lhes ordenara, tiveram que atravessar áridas veredas cobertas de pó e areia. Em sua perseguição seguiam os soldados daquele rei tirano, para darem ao Divino Infante a mesma morte cruel que tinham dado aos inocentes de Belém.
A pita-cega, a tal ave demoníaca, ia acompanhando a Sagrada Família, e, para avisar os soldados perseguidores, pousava à frente da burrinha, onde seguia montada a Virgem e o Menino, e soltava o seu lúgubre canto: cá-vou, cá-vou, cá-vou.
Por sua vez, a alvéola ou arvela, a que o povo chama lavandeira, seguia atrás da jumentinha e, com o seu andar muito miudinho e ligeiro, como o de uma bailarina, ia apagando as patadas deixadas no pó do caminho pelo animal, a fim de despistar os soldados que assim ficavam sem saber qual o caminho que deviam seguir.
Fonte:OLIVEIRA, Casimiro Raízes: Poesia, Contos e Lendas Mogadouro, Associação Cultural e Recreativa de Soutelo, 1998 , p.65-66
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(Henrique Martins)
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