Em tempos, de que já ninguém se lembra, num lindo dia de Primavera, andavam três crianças — a lenda não diz se eram meninos ou meninas — a guardar umas cabrinhas, que, muito satisfeitas, iam tosando a relva fresca e os rebentos das silvas, enquanto os pequenos se entretinham na brincadeira, descuidados e felizes, como é próprio da idade, mais ou menos no lugar onde está hoje a capela.
De repente, e sem que tal esperassem, viram junto delas uma Menina de extraordinária beleza, tão linda como nunca imaginaram que existisse ninguém. À volta do seu rosto havia raios de luz como os do sol. Como nunca tinham visto tal coisa, ficaram amedrontadas e pensaram em fugir. No entanto, do rosto da Menina, desprendia-se tal doçura e bondade que se sentiram presos ao Seu encanto e ainda mais quando ouviram a doçura de Sua voz, que lhes disse:
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Dito isto, a Menina desapareceu. As crianças, parecia-lhes que tinham vivido um lindo sonho, como nunca tinham imaginado.
Fonte:OLIVEIRA, Casimiro Raízes: Poesia, Contos e Lendas Mogadouro, Associação Cultural e Recreativa de Soutelo, 1998 , p.81-83
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