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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A Iluminação nos "velhos tempos"

O fornecimento de luz eléctrica em várias povoações deste concelho começou por volta de 1960. Até aí as pessoas usavam para iluminação principalmente candeias de azeite, candeeiros de petróleo,lanternas,petromaxes ou gasómetros.
Em lagares usava-se uma candeia de azeite de maior volume, com quatro bicos e torcidas e chamas maiores. Chamavam-se candeios.
Quantas pessoas estudaram à luz de candeeiros a petróleo!  Quantas donas de casa fizeram malha ou costura à luz de tal tipo de iluminação!
Quando falamos de “petróleo” em relação a candeeiros, deveríamos ser mais rigorosos e chamar-lhe “querosene” ou “petróleo de iluminação”. Este líquido avermelhado de cheiro característico vendia-se em todas as lojas/ mercearias. Nas candeias e nos candeeiros existia uma torcida embebida em parte no combustível. Devido a uma interessante lei da física, o combustível subia ao longo da torcida. Quando se acendia a ponta da torcida, a chama produzida ia consumindo o combustível e a torcida.
Os candeeiros a petróleo eram em geral de vidro. Alguns tinham um pé alto. As torcidas vendiam-se nas lojas e eram achatadas. Podiam subir ou descer por meio duma roda exterior ligada a outra que tinha dentes e estava em contacto com as torcidas. Estes candeeiros tinham chaminés de vidro que protegiam as chamas.
Para acender um candeeiro a petróleo, retirava-se a chaminé e chegava-se à torcida um fósforo a arder. Para apagar o candeeiro, levantava-se a chaminé e apagava-se a chama com um sopro.
Em certas casas havia suportes para candeeiros a petróleo. Noutras eram colocados onde era mais cómodo e útil, como por exemplo, na mesa de cabeceira, na mesa de refeição ou em cima duma cadeira ao pé da lareira.
Havia candeeiros a petróleo apropriados para usar na rua ou em palheiros. Eram feitos de lata e tinham uma pega para transporte. Podia-se levantar e baixar a chaminé por meio duma mola. Com a mesma finalidade se podiam usar as lanternas, em que quatro vidros laterais protegiam a chama. As lanternas redondas eram utilizadas normalmente, nas charretes. O lampião devido às suas dimensões, era fixado nos tectos das habitações ou numa parede.
Para uma luz forte atingindo um espaço considerável havia o petromax. Um petromax tinha na base um depósito para querosene e uma bomba manual. Esta servia para introduzir ar que pressionava o combustível e o fazia subir e cair, vaporizado, por um orifício muito
pequeno, dentro duma camisa redonda e comprida a que previamente se tinha chegado fogo. A camisa ficava incandescente. A luz produzida era muito clara e de grande intensidade. Ao fim de um par de horas de funcionamento contínuo era necessário dar à bomba ao "petromax" para aumentar a pressão e reavivar a luz.


Albano Laranjeira

in:antelas-omeulugar.blogspot.pt

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