O próximo dia 20 de Fevereiro, Bragança celebra o 550º aniversário. Para assinalar a efeméride, o Museu do Abade de Baçal tem o prazer de inaugurar a exposição “Bragança pelo Olhar dos Artistas”, pelas 16h00. Esta é constituída por diversas obras que retratam a cidade, procurando representar e exprimir o olhar de vários artistas sobre Bragança ao longo dos tempos.
Nestes 550 anos da elevação de Bragança à categoria de cidade apresentamos um conjunto importante de pinturas dedicadas em exclusivo à cidade de Bragança e às suas gentes. Na primeira vertente valorizámos o conjunto paisagístico do aglomerado – em que o recorte do acastelado se impõe na paisagem e é construído como uma referência topológica, um ex-líbris da urbe – e aspetos mais particulares ou mesmo de pormenor do agregado, variando entre a referência prosaica e casuística, a monumentalidade patrimonial de algumas arquiteturas e a referenciação do Fervença e bairros limítrofes. Numa segunda aproximação privilegiámos algumas leituras de figuras populares de cuja memória a maior parte da informação oral já se afastou, mas que foram referência significativa no viver quotidiano da cidade e que vários autores quiseram homenagear e perpetuar. E estes demiurgos da arte imortalizaram o Calça Cagada, o Cu Torto, O Ti Júlio, O Miguelzinho e vários outros que a História pouco referência.
Os autores representados são já, todos eles, figuras cimeiras afirmadas e bem conhecidas do público. Pelo volume da obra mostrada evidenciam-se Manuel Ferreira, por vezes também de Palácios, Henrique Tavares – um mecenas deste museu ao longo da década de 30 –, Joaquim Lopes, na altura dirigente da ESBAP – mas também autor e responsável da VII Missão Estética de Férias realizada aqui em Bragança, no verão de 43 –, e quase todos os elementos que integraram esta delegação e que mostraram as suas obras na primeira exposição temporária deste Museu em 7 de Outubro de 1943, e de que evidenciámos, pela temática da pintura relacionada com a cidade, Celestino de Sousa Alves, Mamede Fernandes Portela e António Cândido da Silva, para além do ilustríssimo mestre. Acrescentemos a estes outros autores consagrados que também ilustraram a urbe na aguarela ou no óleo, raramente no pastel, quase todos eles novecentistas: António Lino, Domingos Alvarez, Alberto de Sousa, Mendes da Silva, Artur Justino, Lauro Corado, Sofia Martins, Portela Júnior, Júlio Ramos, Júlio Barros, Luís Canotilho, Abílio Mineiro.
E muitos outros poderiam estar representados… Grande parte deste repositório artístico é propriedade do Museu do Abade de Baçal. Todavia, também temos de agradecer à Região de Turismo, a alguns autores e a colecionadores que tão simpaticamente se disponibilizaram a colaborar connosco: um bem-haja a todos! Não deixa de ser uma oportunidade para que a cidade se reveja e se apreenda do valor histórico e cultural que possui. Aos seus e aos outros. Tratando-se de um evento de cariz cultural esta é também uma boa ocasião para revisitar o Museu do Abade de Baçal e conhecer a sua programação cultural no mês em que se celebra o 550º aniversário de elevação a cidade de Bragança.
in:cardapio.pt
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