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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 4 de outubro de 2014

Professora de Bragança com colocação anulada em Constância mandada para o Algarve

Uma professora do ensino especial de Bragança colocada a 12 de setembro em Constância, para onde se mudou com a filha, foi informada na sexta-feira da revogação do seu contrato e de nova colocação no Algarve.

Céu Bastos disse à agência Lusa que em 12 de setembro foi informada, através de um email da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), da possibilidade de ser colocada em Constância, no distrito de Santarém, ou em Vila Real de Santo António, tendo assumido, na plataforma, a primeira opção, apesar de tudo a menos distante da sua residência.

Com o essencial para a mudança no carro, Céu Bastos andou dois dias à procura de escola para a filha (o Agrupamento de Constância não tem 11.º ano) e de casa para arrendar, acabando por encontrar ambas em Abrantes (a 15 quilómetros).

No dia 15 de setembro apresentou-se no Agrupamento de Escolas de Constância, onde começou a trabalhar com os alunos e as professoras titulares.

Na sexta-feira, às 17:17, recebeu um email informando-a da desvinculação da colocação em Constância e do lugar disponível em Vila Real de Santo António, a que se seguiu outro, perto das 19:00, com a opção de Portimão, tendo de decidir, até segunda-feira, qual dos dois aceita.

"Sinto-me revoltada. Arrastar a minha filha nisto é angustiante. A mudança já foi complicada. Ela está no 11.º ano, essencial para a média de entrada na Universidade, tem testes marcados. Agora é obrigada a ir para Vila Real de Santo António, no outro extremo do país", disse Céu Bastos, sublinhando não ter palavras para descrever a situação em que se encontra.

Ao "terramoto" em que foram transformadas as suas vidas junta-se a questão financeira, já que, por ter sido colocada a 12, só terá o seu primeiro salário a 23 de outubro, tendo que acrescentar novas despesas às que entretanto foi forçada a assumir.

"Mais que a despesa económica, que nos obriga a viver momentos muito maus que nos levam a chegar ao fim do mês não com a conta a zeros mas a negativo, é a parte emocional. É desumano", desabafou, lamentando que quem está nos gabinetes "não faça ideia do que se passa no terreno".

"Ter andado dois dias com o carro cheio, a dormir em residenciais, a procurar escola para a minha filha e casa para alugar, primeiro em Vila Nova da Barquinha, depois no Entroncamento e finalmente em Abrantes. Quando finalmente estávamos estáveis, a morar perto da escola dela, este mail foi surreal. É desumano".

A situação de Céu Bastos e da filha é para a presidente da Câmara Municipal de Constância, Júlia Amorim, "indescritível" e "revoltante" e para a diretora do Agrupamento de Escolas de Constância, Anabela Gracio, "inacreditável", com a agravante de o Ministério não querer assumir o ónus da anulação, colocando-o nos diretores.

As escolas com contrato de autonomia e em território educativo de intervenção prioritária receberam na sexta-feira orientações da DGAE para revogarem as listas de ordenação anteriores e anularem as colocações de professores do concurso da bolsa de contratação cujos resultados foram conhecidos a 12 de setembro.

As novas listas substituem as anteriores, nas quais foram detetados erros, que levaram à demissão do antigo diretor-geral da Administração Escolar.

Os diretores de escolas questionam a legitimidade do ato pedido pela DGAE, por entenderem que deve ser o Ministério a anular as colocações, que partiram de erros assumidos pela tutela.

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