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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

“Dar a conhecer os nossos percursos, as nossas gentes e as nossas aldeias”

Numa altura em que caminhar está na moda estivemos à conversa com o presidente da Enzonas – Associação de Caminheiros de Bragança, que assinala no próximo domingo o 4.º aniversário.
Alberto Lebreiro conta que o número de associados não pára de crescer e são cada vez mais aqueles que se juntam aos Enzonas para praticar exercício físico e ao mesmo tempo descobrir as paisagens do Nordeste Transmontano.

Jornal Nordeste (JN) – Como surgiu a Enzonas- Associação de Caminheiros de Bragança e o porquê deste nome?
Alberto Lebreiro (AL) – Embora estejamos agora a comemorara o 4.º aniversário, já há alguns anos atrás um grupo de amigos se reunia para irmos caminhar por estes montes que temos à nossa volta. Foi numa dessas caminhadas em que nos juntámos cerca de 11 pessoas e decidimos ir até Quintanilha e em conversa surgir a ideia de formarmos uma associação. Isto foi em 2007, nós estamos agora a comemorar o 4.º aniversário, porque a associação só foi formalizada em 2011. Escolhemos este nome porque quando surgiu a ideia, em Quintanilha, junto ao rio Maçãs, estávamos a passar num trilho e no meio do nada surge-nos um ribeiro e aparece-nos uma placa pintada muito toscamente que dizia ribeiro do Enzona, a partir daí ficou a ideia de dar este nome à associação. 

JN – No próximo fim-de-semana, mais precisamente no dia 26 de Abril, comemoram mais um aniversário. Que balanço faz destes quatro anos? 
AL – É um balanço muito positivo, a associação tem vindo a crescer, a filiação que temos na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal veio-nos dar uma certa notoriedade também a nível nacional, temos também uma ligação com os pedestrianistas espanhóis, os protocolos que temos feito com as instituições de Bragança, tanto com a Câmara Municipal, como com a União de Freguesias, com o IPB, também têm sido positivos. Conseguimos um bom protocolo com o IPDJ, que é onde temos a funcionar a nossa sede, embora estejamos um pouco limitados em termos de horário. 
Este ano, conseguimos concretizar um dos nossos sonhos, que foi comprar uma carrinha para dar apoio nos próprios eventos que fazemos e permite-nos deslocar a eventos organizados por outras associações e convidá-los também a vir a Bragança, que é um dos nossos intuitos também, dar a conhecer os nossos percursos, as nossas gentes e as nossas aldeias. 

JN – As caminhadas são a actividade principal desta associação. O que é que marca diferença nas caminhadas que organizam?
AL – Nós temos muitas preocupações nas caminhadas, principalmente em termos de segurança, não fazemos um percurso sem ir primeiro reconhecer o terreno, sem marcar, adquirimos há pouco tempo rádios de transmissões, porque na maior parte dos nossos montes não temos rede de telemóvel e somos muito solicitados para eventos nas nossas localidades mais pequenas e muitas vezes despovoadas e temos a preocupação de as pessoas das aldeias caminharem também connosco, porque ninguém melhor do que eles sabem histórias sobre locais que podem ser visitados, e depois há sempre o convívio. O que nos move é o gostarmos de caminhar, é o fazer bem à Saúde, é arranjarmos novos amigos, e tentar que cada vez mais gente caminhe connosco. 

JN – Com quantos sócios começaram e quantos têm neste momento? Quem são as pessoas que se associam à Enzonas?
AL – Neste momento temos 209 associados, sócios fundadores foram 11 amigos. 
A maior parte das pessoas que inicia as nossas caminhadas diz que tem que começar a caminhar para desanuviar daquilo que fazem durante a semana, outras pessoas não vêm porque têm a ideia que caminhamos muitos quilómetros, o que é errado, porque a maioria das pessoas quando vêm a primeira vez depois continuam. 
São pessoas de todas as idades, de todas as profissões, temos muita gente a caminhar connosco. 

JN – Quais os projectos da associação Enzonas?
AL – Temos um projecto que vamos iniciar ainda este ano nas escolas para fazer uma certa promoção do pedestrianismo, de explicar o que é isto, fazer um percurso com eles, para incentivar os jovens.
A muito curto prazo temos as comemorações do nosso quarto aniversário, vai ser na zona do Colado, em Quintanilha, vamos inaugurar a placa alusiva ao ribeiro do Enzona, vamos lançar um boletim semestral de divulgação de eventos e ligado à parte ambiental, vamos formalizar a adesão nesse dia ao projecto Rios, vamos “adoptar” 500 metros do rio Maçãs, e vamos continuar com as nossas caminhadas.
A longo prazo temos a nossa sede. Há cerca de três anos fizemos um protocolo com o município de Bragança que nos cedeu o antigo forno da cerâmica, mas para recuperar aquilo em termos financeiros não tem sido possível. Nós ainda não desistimos. O objectivo era além da sede construir também um albergue de caminheiros, para que as pessoas possam vir caminhar a Bragança a baixo custo, como já acontece noutras zonas do País.

in:jornalnordeste.com

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