quarta-feira, 20 de maio de 2015

Caso Palas começa a ser julgado

Dono de bar de alterne está indiciado por 10 crimes, mas negou
Começou a ser julgado Alfredo Palas, de 69 anos, proprietário de um bar de alterne em Mirandela. O julgamento do caso relacionado com a exploração do bar localizado à entrada da cidade do Tua começou na passada quarta-feira. Palas está indiciado por 10 crimes de lenocínio, auxílio à imigração ilegal, ofensas à integridade física simples e agravada, furto qualificado, sequestro e tentativa de violação. O seu filho, de 23 anos, também consta do processo, sendo é acusado de ter participado como cúmplice nos crimes de lenocínio e auxílio à imigração ilegal.
O proprietário do bar negou, perante o colectivo de juízes do Tribunal Judicial de Mirandela, os crimes de que foi acusados pelo Ministério Público. Confessou apenas que geria um estabelecimento, onde diversas mulheres tinham como função fazer companhia a clientes e levá-los a consumir bebidas. 

O caso remonta a 12 de Novembro de 2014, quando vários elementos da PJ realizaram uma acção de fiscalização ao bar de alterne, tendo sido encontradas cinco mulheres brasileiras e uma colombiana com vários clientes, a exercerem a prática de prostituição. Segundo a acusação, pelo menos entre Janeiro de 2012 e Novembro de 2014, no referido bar, as mulheres, contratadas pelo arguido, com a colaboração do filho, “faziam companhia a clientes, incentivando-os ao consumo de bebidas e à prática de relações sexuais, mediante o pagamento de 40 euros, entregando, pelo menos, 10 euros a Alfredo Palas, mais 5 euros diários pela estadia no estabelecimento”.

A mesma casa já tinha sido sujeita a cinco ações de fiscalização, entre Janeiro de 2012 e Agosto de 2014, por elementos do SEF e pela PSP local, tendo sido encontradas dezenas de mulheres estrangeiras em situação ilegal e apreendido diverso material ligado á prática da prostituição.

Para além destas acusações, o arguido foi alvo de queixa de algumas mulheres contratadas para trabalhar no bar, mas que, dizem ter sido “enganadas”, recusando-se a exercer a prática de prostituição. Perante essa recusa, Alfredo Palas terá partido para a agressão física, chegando uma delas a ser “transportada pelos arguidos e abandonada junto à fronteira com a cidade de Chaves, já em território espanhol (Verin), local onde a vítima acabou por ser assistida no hospital e formalizou a queixa”, conta o MP. Alfredo Palas é ainda acusado de ter tentado violar uma das mulheres contratadas. A próxima sessão do julgamento está marcada para o próximo dia 20.

in:jornalnordeste.com

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