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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O povo e as suas metáforas

(o narrador: Sr. Agostinho Barreira)
Os dois potes a dançar um corridinho

«Sabe o senhor professor que, naquele tempo im que tudo falava, como lhe contei já, im que falavam as árvores, os cavalos, os ratos..., havia dois potes que também falavam. Um era de ferro e o oitro de barro. Numa ocasião, incontraram-se e resolveram ser amigos. E às tantas quiseram ir pra uma festa juntos. Chigaram lá, ao de ferro apeteceu-lhe dançar. E diz pró de barro:

– E se dançássemos um corridinho?

– Olha q’eu num sei dançar – diz o de barro, – às tantas inda caio e aleijo-me!

– Num cais nada, qu’eu imparo-te – responde o oitro.

E lá foram intão pró baile. Só que, mal s’ajuntaram pra bailar, o pote de ferro acelarou-se de mais a dançar o corridinho e chocou c'o de barro. E ele, coitadinho, como era mais fraco, partiu-se. 

E diz o de ferro:

– Intão num t’aguentastes? Olha, paciência, danço sozinho!

Estou qu'inda lá deve andar a dançar sozinho. Até que se acabe o baile…»

[Fonte: Agostinho Barreira (o tio “Agostinho das Cabras”, na foto), 79 anos, Ermelo]
(ap)
www.facebook.com/alexandre.parafita.escritor

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