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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Aldeia com 17 moradores prepara-se para receber três mil visitantes

Uma tradição que abre as Festas de Inverno no Nordeste Transmontano transformou-se num chamariz de curiosos à aldeia de Cidões, em Vinhais, que espera juntar, na noite de sábado, três mil pessoas aos habituais 17 habitantes.
A Festa da Cabra e do Canhoto tem raízes celtas, garantem as gentes de Cidões, mas foi nos últimos anos que ganhou visibilidade com uma associação de pessoas ligadas à terra que decidiu revitalizar as tradições locais e transformar um ritual ancestral num espetáculo capaz de atrair visitantes a esta espécie de "Halloween" transmontano.

A noite de 31 de outubro é animada por deusas e demónios em volta de uma fogueira gigante, que representa o canhoto (tronco de árvore), e revigorada com um repasto à base de cabra que resumem a máxima deste ritual: "Quem da Cabra comer e ao Canhoto se aquecer, um ano de muita sorte vai ter".

Esta festa está carregada de simbologia, como refere Luís Castanheira, da organização, "desde logo a despedida da estação clara e a entrada na estação escura, no tempo frio e nas noites longas"

A população acredita que através deste ritual "queima na grande fogueira as coisas más, as sombras, o azar".

A Festa da Cabra e do Canhoto "representa o início do solstício de inverno, do tempo escuro, das trevas, que junta deusas e demónios num ritual único que mais não é do que uma ode à prosperidade", como descrevem os organizadores.

Às 17 pessoas que em permanência residem em Cidões juntam-se outros filhos da terra para organizar o evento que anualmente atrai "mais de 3 mil visitantes", nesta noite.

A festa começa ao pôr-do-sol e termina de madrugada com os rituais do acendimento da fogueira e confeção e degustação da Cabra Matchorra (velha) no pote, com pão e vinho da terra, num banquete que introduziu novidades para os gostos mais contemporâneos.

A quem a cabra não agradar, pode optar por alheiras, linguiças, presunto, fevras, caldo verde e crepes.

O ritual inclui uma bebida espirituosa de confeção local, o Úlhaque, e, entre castanha assada e jeropiga, faz-se a queimada com esconjuro de um druida.

O ambiente é animado com música e danças tradicionais celtas e incluiu ainda a queima do bode gigante e a chegada do carro de bois com as tarraxas bem apertadas para se fazer ouvir.

A festa termina a virar a aldeia do avesso.

Jornal de Notícias

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