Local: Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA
Passou-se com um tio-avô meu, em Meireles, e contavam-no a minha avó e a minha mãe. Ele estava numa varanda a dormir a fresca, pois era Verão, e diz que vinham três mulheres e que disseram:
— Se não fosse o aipo, a ruda e ó loureiro, não havia ninguém vivo neste mundo!
— E porquê raparigas? — perguntou ele de cima, porque pensava que elas andavam no forno a cozer, porque antigamente havia fornos comunitários e andavam toda a noite a cozer, nesse tempo não havia padarias.
E então elas responderam:
— Calaras a bicuda, que tu o souberas!
Queriam elas dizer que, se ele não dizia nada, ouvia-lhes a conversa toda. Assim, nada feito. Ficou sem saber. E contavam, a minha avó e a minha mãe, que ele não durou muito tempo. Começou a ficar doente e que morreu. E que foram as feiticeiras que lhe fizeram o bruxedo.
Informante: Maria de Lurdes Dionísio Ala
Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.299
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(Henrique Martins)
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