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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 24 de outubro de 2015

A mulher com pés de cabra

Local: Edral, VINHAIS, BRAGANÇA


A origem da capela de São Tiago, situada em lugar ermo e escarpado no extremo das aldeias de Espinhoso e Edral, do concelho de Vinhais, está associada a uma curiosa lenda bastante arreigada nas crenças do povo. 
Conta-se que, há muitos e muitos anos, um fidalgo das redondezas costumava ir caçar para as escarpas do rio Rabaçal, onde abundam os javalis, e, certo dia, encontrou sentada numa fraga uma bela mulher que o cativou com sorrisos provocantes. 
O fidalgo, não resistindo à tentação, foi sentar-se à sua beira e ambos trocaram olhares e cumplicidades sensuais. Porém, quando o homem procurou tocá-la com as mãos, notou que os seus pés eram de cabra. 
—  Que é isto?! Que mulher és tu? —  gritou espantado e apavorado. 
Ela, sem palavra dizer, prendeu-o com braços fortes e procurou que ambos se despenhassem no precipício. Foi então que ele recorreu a São Tiago. 
— Valei-me São Tiago, santo da minha devoção! — rogou o fidalgo. 
Diz o povo que, no mesmo instante, a mulher se desenlaçou e se transformou num demónio aterrador, precipitando-se no abismo, onde desapareceu. 
Por sua vez, o fidalgo, em honra do santo, mandou construir naquele mesmo local a capela, que, ainda hoje, atrai milhares de romeiros de todas as bandas.

Fonte:PARAFITA, Alexandre O Maravilhoso Popular - Lendas, contos, mitos Lisboa, Plátano Editora, 2000 , p.113

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