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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Das FONTES da Cidade de Bragança em 1721

Antigas armas da cidade de Bragança num poço público
Dentro desta cidade só há três fontes e todas particulares. Uma no Colégio da Companhia e duas nos mosteiros das religiosas. Mas tem grande número de poços, alguns públicos, e os mais particulares. E alguns de tão perene manancial que parte do ano correm pela boca, como é o das portas de S. Francisco, que por ser obra da Câmara tem as armas da cidade.
Mas pela circunferência desta se acham vinte e duas fontes perenes de cristalina e excelente água. E só o monte de S. Bartolomeu se mostra tão pródigo em mananciais que se poderão tirar inumeráveis fontes dele, mas são mais célebres, entre todas, a Fonte do Jorge e a do Conde. Daquela se afirma tem virtude contra o mal de pedra.
A esta deu nome o conde de Mesquitela quando, assistindo nesta cidade, governava as armas desta província, porque, fazendo uma junta de médicos, se achou era a mais delgada e, deixando esta o nome de Fonte do Bispo que de antes tinha, tomou o do Conde, parece-me que obrigada de a fazer andar para diante, porque a pôs corrente em cano, sendo primeiro um pobre charco. Mas a do Jorge lhe leva vantagem em conservar por mais tempo a sua frescura.
A Fonte da Avelaira, sendo delgada, é destemperadamente fria quando o tempo se abrasa em mais calor, razão por que se não usa muito dela, e a Fonte do Cano tem a propriedade que bebida na fonte é demasiadamente pesada e pousada 24 horas se iguala com as melhores.
Entende-se que é de alguma terra que traz consigo.
Este ano passado de 1721, que por estas partes foi geral a seca, se observou nas fontes desta cidade que foram mais copiosas do que se experimentava pelo mesmo tempo nos anos antecedentes.

Memórias de Bragança

Publicação da C.M.B.

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