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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sendim promove Via-Sacra em língua mirandesa

A vila de Sendim, no concelho transmontano de Miranda do Douro, vai ser palco na Sexta-feira Santa da primeira representação da Via-Sacra integralmente em língua mirandesa, em que a base remonta às tradições ancestrais do teatro popular mirandês.

Na encenação da iniciativa participam uns 50 atores, todos amadores, e de várias idades, que prometem reproduzir "com o realismo possível", as 14 estações da Via-Sacra católica.

"A ideia nasceu de uma conversa com o pároco local que desafiou a população a avançar com o projeto (...). O desafio foi aceite, tendo sido redigido um texto em mirandês, no qual foram feitos acertos de acordo com as leis de Igreja" Católica, disse hoje à agência Lusa Altino Martins, o responsável pela encenação da "Bia Sacra an Mirandés" (Via-Sacra em Mirandês).

Todo o trabalho "tem o consentimento do bispo diocesano", acrescentou o encenador, que sublinhou algumas dificuldades associadas ao projeto: "No passado havia muita gente que falava mirandês. Hoje, esta língua é mais escrita do que falada, o que cria alguns embaraços".

"Mas temos connosco pessoas na casa dos 70 anos que na sua juventude falavam o mirandês. É uma grande ajuda para a tradição oral da língua prevaleça", contrapôs Altino Marfins.

Todos os trajes a utilizar no decurso da Via-Sacra são confecionados com base em recolhas e estudos efetuados pelo ateliê de Susana e Sandra Nobre, onde se produz indumentária regional mirandesa.

"Estamos a confecionar os trajes de época, da forma mais fiel e rigorosa possível", disse Sandra Nobre.

Os promotores da "Bia Sacra an Mirandés" pretendem que esta iniciativa seja um "marco cultural" no Planalto Mirandês, e que venha a cativar turistas, principalmente espanhóis, dada a proximidade com a fronteira.

"Pretendemos que esta representação vá mais longe e que traga dividendos turísticos para Sendim", avançou o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, José Almendra.

Para os atores, a tarefa é mais complicada do que noutra representação porque há mais horas de ensaios, por haver muitas falas em mirandês a decorar, e um longo percurso a percorrer.

Ainda assim, Pedro Manhonho, ator que representa o papel de Jesus Cristo nesta Via-Sacra, diz que se se trata de um trabalho "interessante e motivador", considerando que subjacente está a "obrigação" de todos os envolvidos em divulgarem o idioma mirandês.

A organização da iniciativa é da respirabilidade da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Centro Cultural de Sendim e que conta com colaboração do município de Miranda do Douro.

Agência Lusa

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