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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 30 de março de 2016

La Lhéngua Mirandesa. Ancontro Anternacional d'Ambestigadores

Na aldeia de Picote no concelho de Miranda do Douro decorre o 1º Encontro Internacional de Investigadores da língua Mirandesa.
Reconhecida em 1999 como a segunda língua oficial de Portugal, o mirandês tem vindo a ganhar uma importância assinalável no país e além-fronteiras.

O jornalista Afonso de Sousa foi conhecer os objetivos deste encontro
Foi nesse ano que o então deputado Júlio Meirinhos levou ao parlamento o projeto que viria a ser lei e que confere ao mirandês o estatuto de segunda língua oficial portuguesa. O próprio é um dos oradores do encontro. "Aquilo que o sábio Leite de Vasconcelos, em 1891 já clamava uma lei. Só foi possível nessa altura e coincidiu com um falante em mirandês, primeiro cidadão a falar mirandês na assembleia da república e um trabalho de nove meses que gerou uma lei parida por unanimidade. É essa história que nós vamos contar, as peripécias, os bastidores para se aperceberem das grandes dificuldades, do grande património que é a lei e o instrumento importante para o futuro".

Júlio Meirinhos acrescenta que hoje há cada vez mais pessoas que têm "proa" em falar e escrever o mirandês. "No planalto (mirandês) e no mundo, porque se continua a falar no mundo inteiro, na emigração, há à volta de 15 a 20 mil. Hoje há um "proa", um gosto em falar mirandês e eu falo, em Lisboa, e escrevo nos e-mails e nas mensagens".

Outro dos oradores será António Bárbolo, investigador da língua e vice-presidente da Associação "FRAUGA", que organiza o encontro. Acrescenta que ele vai servir para refletir sobre todo o interesse internacional, principalmente ao nível da escrita, que o mirandês está a ter.

Em Picote estão investigadores franceses, alemães, espanhóis, e "um polaco que fez a tese de doutoramento sobre o mirandês, o que é uma coisa curiosíssima. É justamente este espaço de partilha que nós queremos ter aqui. Penso que os investigadores e o público tem essa curiosidade em perceber como é que o mirandês é visto lá fora porque, muitas vezes, esse olhar distante é muito mais interessante e muito mais saudável do que o olhar daqueles que estamos "dentro", nesta caso, da língua e da cultura".

Esta terça e quarta-feira são dias de reflexão sobre o mirandês que cada vez mais se está a tornar uma lhéngua de proa para quem a escreve e para quem a fala e onde especialistas nacionais e estrangeiros vão olhar a história do mirandês falado e escrito e perceber o presente e futuro da lhéngua.

Afonso de Sousa
TSF

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