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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 24 de março de 2016

D. José Cordeiro instiga, na missa crismal, os padres a “sujar as mãos, servindo”

D. José Cordeiro apelou esta quinta-feira de manhã, na missa crismal que se celebra na catedral, os sacerdotes a “sujar as mãos, servindo”.
“As nossas mãos foram ungidas com o azeite perfumado, o bálsamo da unção espiritual, para a missão da alegria no serviço do Evangelho da Esperança. Contudo, a unção não significa que sejam intocáveis, são mesmo o contrário, é para as ‘sujar’, servindo. Temos mesmo de as sujar para servir. Àqueles que não querem sujar as mãos na realidade do mundo e da Igreja, avisava Charles Péguy «acabam rapidamente por ficar sem mãos». Por isso, demos as mãos e «mãos à obra»! A mão está ligada ao braço e ao corpo todo. Que as obras boas da misericórdia praticadas por nós signifiquem um novo dinamismo pastoral, porque as mãos ungidas são para o serviço e não para o poder.
Aprendi que a concha ou vieira, característica do peregrino de Santiago de Compostela, simboliza a mão, sinal do amor cristão e do serviço de fraternidade. As mãos do peregrino servem os outros peregrinos nas obras de misericórdia e na caridade, curando as feridas, tomando a iniciativa e criando a proximidade. As mãos do peregrino são páscoa cristã da indiferença à compaixão.
As mãos do sacerdote santificam e oferecem a Deus e aos irmãos o perfume da unção espiritual. O grande teólogo, o Padre Romano Guardini escreveu: «bela e grande é a linguagem da mão! Dela diz a Igreja que no-la deu Deus para “nela trazermos a alma”». Na unção das mãos, o bispo diz aos Presbíteros: «O Senhor Jesus Cristo, a Quem o Pai ungiu pelo Espírito Santo e seu poder, te guarde para santificares o povo cristão e ofereceres a Deus o sacrifício».
Seguir Jesus Cristo é, para toda a Igreja, consequência da vocação à santidade de vida nascida do Baptismo. O serviço da pastoral da bondade, da santidade e da comunhão com o Bispo, com os outros Presbiteros no Presbitério diocesano, com os Diáconos, com os Fiéis Leigos, com as Pessoas consagradas é um imperativo que nasce na celebração da Ordenação, é, pois, essencial, enquanto radica no próprio sacramento. A amizade fraterna e comunhão sincera na corresponsabilidade é mais importante que trabalhar sozinho”, disse o bispo diocesano, que deixou um pedido. “Precisamos de agir em união e na paz, como pedimos ao Senhor Jesus Cristo, todos os dias na Eucaristia: «Não olheis aos nossos pecados, mas à fé da vossa Igreja e dai-lhe a união e a paz, segundo a Vossa Vontade»”, frisou D. José Cordeiro, na sua homilia.
Nesta celebração estão presentes quase todos os sacerdotes da diocese, que renovam os seus votos, num ano em que o próprio bispo assinala 25 anos da ordenação como sacerdote, juntamente com o diretor do Mensageiro, Pe. José Carlos Martins. Procede-se, também, à bênção dos óleos sagrados que, durante o ano, serão utilizados nos crismas e demais cerimónias.
D. José Cordeiro ofereceu, ainda, a cada Presbítero e a cada Diácono uma edição de bolso do Pontifical Romano da ordenação do Bispo, dos Presbíteros e dos Diáconos, para que “voltem aos ritos e às orações que os geraram, pela imposição das mãos, para o mistério e o ministério e se deixem renovar no dom de sermos peregrinos com mãos santas e misericordiosas”. “A todos e a cada um, especialmente aos Presbíteros: sede santos, sede misericordiosos, como o Pai é santo e misericordioso!”, concluiu.
Também na Santa Sé, o Papa Francisco pediu aos sacerdotes que sejam motores de "encontro" e de "perdão", num ato de contrição que seja capaz de "envergonhar com dignidade".
"A nossa resposta ao perdão superabundante do Senhor deveria consistir em manter-nos sempre naquela saudável tensão entre uma vergonha dignificante e uma dignidade que sabe envergonhar-se: atitude de quem procura, por si mesmo, humilhar-se e abaixar-se, mas é capaz de aceitar que o Senhor o eleve para benefício da missão, sem se comprazer", afirmou esta manhã durante a Missa Crismal a que preside na Basílica do Vaticano.

in:mdb.pt

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