Natural de Bragança, freguesia da Sé; nasceu a 25 de Julho de 1867, filho de José António Camelo, natural de Sambade, concelho de Alfândega da Fé, e de D. Constança de Jesus, natural de Ousilhão, concelho de Vinhais. Concluídos os preparatórios e curso teológico no Seminário de Bragança em 1889, cursou em Coimbra a Faculdade de Direito, onde foi aluno distinto.
Fez concurso para a cadeira liceal de história e geografia e tem ensinado essas disciplinas em diversos liceus, tais como: Aveiro, Amarante, Leiria (?) e ultimamente no Central de Lisboa. Foi deputado, prior de uma freguesia importante em Lisboa e distinto advogado nos auditórios dessa cidade.
Tem desempenhado diversas comissões importantes, sendo, por mais de uma vez, vogal dos concursos de instrução secundária.
Por decreto de 19 de Setembro de 1902 foi nomeado vogal da «Commissão technica permanente com o fim de examinar e apreciar os livros destinados ao ensino primario e normal».
Como deputado fez a sua estreia parlamentar na sessão de 15 de Abril de 1902, defendendo a criação do chamado Novo Liceu Nacional, em Lisboa.
O seu temperamento impulsivo levou-o logo a fundas e violentas desinteligências com o deputado Oliveira Matos, a ponto de quase chegarem a vias de facto, o que foi muito comentado pela imprensa desse tempo em sueltos epigramático-humorísticos.
Escreveu, de colaboração com Abel de Andrade, hoje lente da Universidade: Apontamentos de Algumas Prelecções do Dr. Emídio Garcia, no Curso de Ciência Política Direito Político coligidos pelos alunos do mesmo curso, etc.
Coimbra, Tip. de Luís Cardoso. Sofia, 1893. 8.° de 64 págs.
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
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