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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

“Festa da Cabra e do Canhoto” em Cidões (Vinhais)

Uma aldeia de Vinhais com 17 habitantes espera atrair três mil pessoas em mais uma “noite das bruxas” com um ritual ancestral de raiz celta conhecido como a “Festa da Cabra e do Canhoto”.
A localidade de Cidões entrou nos últimos anos no roteiro do “Halloween” transmontano por iniciativa da Associação Raízes criada por filhos da terra a residirem fora da aldeia.

A festa repete-se na noite de sábado para domingo, segundo divulgou esta quarta-feira a organização, e irá espalhar-se pelas ruas e o largo principal da aldeia com figurinos e motivos alusivos às origens celtas da “Festa da Cabra e do Canhoto”.

O nome vem da cabra cozinhada no pote na fogueira alimentada pelo “canhoto”, troncos de madeira, que são dois dos chamarizes “de centenas de pessoas que se deslocam por uma noite a Cidões”, como apontou Maria João Rodrigues, presidente da Associação Raízes.

A organização espera este ano juntar aos 17 moradores permanentes “três mil visitantes numa noite mística”.

Toda a aldeia será decorada “com motivos celtas e instalada uma tenda para garantir espaços cobertos em caso de chuva”, como contou Maria João Rodrigues.

Este ano a novidade são as tasquinhas com bebidas típicas desta festividade, como o vinho, sangria e licores celtas, e petiscos variados desde a linguiça, alheira, sopa à transmontana, bifanas, presunto e feijoada de javali.

“E claro, na Festa da Cabra e do Canhoto é preciso comer a cabra machorra (velha) cozinhada em enormes potes de ferro à fogueira e também não vai faltar, à descrição, queimada, “úlhaque” (bebida espirituosa confecionada na aldeia) e café no pote”, salientou.

A “cabra machorra” representa a mulher do diabo que não deu qualquer descendência.

A festa começa ao pôr-do-sol com o ritual da ascensão da lua, seguido do acender da fogueira, onde ao final da noite há de arder o “cabrão” ou “bode gigante”, um “boneco” criado pelo Agrupamento de Escolas de Vinhais, que é parceiro na festa.

Grupos de gaiteiros e danças celtas vão animar a noite com a promessa do misticismo de “druidas e deusa fazerem o esconjuro e preparem a queimada, um dos momentos altos da festa para afastar os males do corpo e da alma, invocando prosperidade e fertilidade”.

A festa, preparada pelas pessoas da aldeia e pela associação, conta também com o Grupo de Teatro Filandorra de Vila Real para ajudar a criar o cenário.

Esta festa já foi motivo de estudo, nomeadamente no Instituto Politécnico de Bragança e acredita-se que era “originalmente designada de “Samhain”, a comemoração celta mais importante sendo celebrada em toda a Europa, até à sua conversão ao cristianismo”.

Aquela que seria “a festa dos espíritos” marcaria o início do “ano novo Celta com a estação escura”.

A organização garante que o evento chama mais curiosos de ano para ano com o lema “Quem da Cabra comer e ao Canhoto se aquecer, um ano de muita sorte vai ter!”.

in:sapo.pt

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