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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 25 de junho de 2017

Esquerda muda lei dos baldios da Direita e põem fim ao arrendamento

Os partidos de esquerda aprovaram esta sexta-feira, na Assembleia da República, uma alteração a uma lei de 2015 que põe fim à possibilidade de arrendamento de terrenos baldios.
PSD e CDS-PP, autores da lei que os projetos do BE e PCP hoje alteraram, votaram contra e o deputado do PAN, André Silva, absteve-se.

O acordo para um texto conjunto foi conseguido há duas semanas, na comissão de Agricultura e Mar, após meses de conversações e aconteceu depois de, em setembro de 2016, o parlamento ter aprovado a baixa à comissão dos projetos do BE, PCP, PS e "Os Verdes".

A lei dos baldios - terrenos comunitários, geridos pelas populações, equivalentes a cerca de 416 mil hectares, mais concentrados a Norte e no Centro do país -- foi alterada em 2015 pelo Governo PSD/CDS-PP, debaixo de críticas por poder abrir a propriedade a privados, pondo em risco o seu caráter comunitário.

O projeto de lei conjunto agora aprovado vai alterar esse diploma, que, segundo o deputado Carlos Matias, do BE, deixava "os baldios mais indefesos", incluindo-os no "direito privado, com a possibilidade de compra e venda" e admitindo a possibilidade de arrendamento.

A nova lei clarifica que os baldios são propriedades das comunidades locais, soberanas na forma de gerir, que não é regida pelo direito privado e assenta a gestão nos "usos e costumes", diferentes conforme as regiões.

"É um passo em frente da recuperação dos baldios pelos povos", afirmou Carlos Matias, deputado do BE, depois de conseguido o acordo com o PS e PCP.

João Ramos, deputado do PCP, afirmou à Lusa, também há duas semanas, ser importante que o conceito de comparte, quem pode usufruir destes baldios, seja revisto para reverter a decisão do anterior executivo, que abriu essa possibilidade a todos os eleitores das freguesias a que pertence.

Acontece que, historicamente, os baldios têm "usos e costumes", até na gestão dos terrenos, e esse princípio volta a estar contemplado no diploma conjunto do PCP, BE, PS e PEV.

"É um projeto para salvaguardar as comunidades locais. A direita nunca teve muita simpatia pelas comunidades locais", afirmou o deputado comunista, recordando que os baldios podem significar, em algumas freguesias, um "suplemento de rendimento" para pessoas e comunidades que, assim, "financiam equipamentos sociais que de outra maneira não poderia ter".

Outro aspeto realçado por João Ramos, mas também pelos restantes deputados da esquerda, é o facto de se impedir o arrendamento dos terrenos, voltando-se à solução da "cessão de exploração".

Agência Lusa

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