Segundo o técnico da AOTAD Emanuel Batista esta é uma doença que preocupa e os produtores devem evitar comprar plantas em risco, porque caso seja introduzida no país será espalhada rapidamente.
“ É um problema que preocupa e muito porque já existe com alguma intensidade em Espanha, devíamos ter nós agora através do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, uma certificação de todos os produtos para plantações para evitar que ela entrasse no nosso país, ela tem vários hospedeiros e depois vai ser muito difícil a radicação da mesma. Aqui em Portugal pode haver uma ou outra e temos de ter atenção, porque vai ser no Alentejo onde pode acontecer primeiro porque é onde há mais importações de várias variedades que vêm Espanha, que não são nossas autóctones, e provavelmente será por aí que se vai propagar ao norte do país”, explica.
O técnico explica que a bactéria destrói as oliveiras, causando, em alguns casos, “queimaduras” e noutros pode mesmo “fazer com que sequem”, como explica o técnico.
O técnico da associação de olivicultores alerta para a necessidade de os produtores se comprarem plantas certificadas par evitar a entrada no país:
“ a primeira medida seria a divulgação de informação sobre a bactéria por todos os viveiristas, de forma a que eles não comprassem material infectado, o material que comprassem que estivesse certificado ou que tivesse um atestado de isenção desta bactéria, porque a situação é esta num raio de 100 metros onde houver a doença no olival tem de se arrancar tudo, queimar e destruir e depois tem de se fazer um cordão sanitário que ronde os 10 km”, sublinha.
Segundo a Direcção-Geral de Veterinária (DGAV), a "xylella fastidiosa" é uma bactéria que ataca plantas ornamentais e árvores, como oliveiras, videiras, amendoeiras e sobreiro, e é "um dos principais problemas fitossanitários emergentes das últimas décadas".
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