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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Há cada vez menos diferenciação no Azeite Transmontano

É cada vez menor a diversidade de azeitona cultivada na região de Trás-os-Montes.
Esta é a conclusão do engenheiro agrónomo António Monteiro que diz que o cenário ideal seria manter a diferenciação.

“O facto de uma variedade se estar a assumir como matriarca delas todas, naturalmente que vai alterar aquilo que era antigamente, assim como as novas tecnologias alteraram a má qualidade que antigamente se tinha nessa área. 

E é nisso que devemos ter cuidado e chamo a atenção para a utilização que cada produtor quer dar ao azeite e para que fim o quer vender: um azeite monovarietal ou uma marca com mais variedades, como acontecia tradicionalmente há 200 ou 300 anos, embora agora tecnicamente muito mais bem feitos. É aqui que está a diferenciação e o ganho dos agricultores.

Eu gostaria fosse marcada a diferenciação, isso é o ideal.”
Quando às bactérias e às consequências dos incêndios que ameaçam a azeitona, o engenheiro considera que tem sido feito um bom trabalho no sentido de informar os agricultores.

“São ameaças e os produtores, como estão avisados, estão naturalmente preparados para se defenderem delas, quer em termos de pragas quer em termos de problemas que têm a ver com os incêndios.

Os serviços oficiais e as associação estão a fazer um trabalho de divulgação e alerta fantástico a esse nível. Penso que as pessoas estão a ficar muito bem alertadas para que não aconteçam problemas de maior e possam atacar atempadamente.

Eu estou preocupado com a bactéria, não com a defesa a nível oficial e técnico.”
Declarações à margem das XX Jornadas de Balsamão, que aconteceram de quinta a domingo com o tema “Património Natural e Desenvolvimento Regional”.

Na sexta-feira também houve espaço para falar sobre a reativação das Minas de Moncorvo.

Do painel que abordou este tema fizeram parte Sofia Machado, empresária agrícola e Carlos d’Abreu, Geógrafo e Técnico Superior do Ministério da Educação, ele que falou da situação atual das minas, cuja reativação considera benéfica para o território.

“Segundo o que eu vou sabendo e a Sofia nos transmitiu hoje, de facto, está neste momento no terreno uma empresa, a MTI, com os direitos de concessão na sua posse e, portanto, aguardamos que o projeto seja viável porque somos da zona, da região, já vivemos aqui há alguns anos e ainda conhecemos o tempo em que aquelas minas estiveram ativas, no anos 80 encerraram e, desde então, defendemos e sonhamos com a sua reativação porque seria, de facto, um pólo importante para fixar gente e precisamos de pessoas em grande quantidade e emprego aqui para podermos viver.

Mas esperamos que as minas se reativem.”
Carlos d’Abreu que também é membro da direção do Centro Cultural de Balsamão (CCBAL), disse que, embora o objetivo das jornadas seja abordar questões relacionadas com a região, o envolvimento vai além-fronteiras.

“O foco principal destas Jornadas é a nossa região porque somos de cá e temos obrigação de defende-la. Mas estamos abertos a todas as questões que nos dizem respeito. Eu costumo usar um adjetivo: somos raianos porque vivemos perto da raia. Mas a raia é uma fronteira política, e, enquanto geógrafo, digo que a fronteira não é natural. O que acontece em ambos os lados tem sempre repercussão nas duas regiões.

O território, a região, as pessoas e os nosso conterrâneos merecem que nós, assim como outros grupos como nós, se preocupem, debrucem, chamem e convoquem uns aos outros para discutir estas questões.”
O presidente do CCBAL e pároco Basileu Pires, diz que a defesa do património é um problema sério e espera que as jornadas deste ano ajudem a sensibilizar a população para isso.

“Temos de fazer eco destas jornadas. Já que a participação é escassa temos de fazer eco deste acontecimento, principalmente através da comunicação social, para que se perceba que a defesa do património e do ambiente são problemas sérios.

Todos temos de colaborar, não é um problemas que afeta só os outros, não podemos olhar para o lado e continuar a viver com o pensamento de que não é um problema connosco.

Quero que isto chegue a todos e que se sinta que estamos todos no mesmo barco na defesa da casa comum, com diz o Papa Francisco.”
As XX Jornadas Culturais de Balsamão juntaram vários oradores durante quatro dias no Convento de Balsamão, em Chacim, Macedo de Cavaleiros.

Escrito por ONDA LIVRE

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