O coelho continua a ser a espécie cinegética que mais tem diminuído ao longo dos anos.
Apesar dos incêndios que têm contribuído para essa diminuição, a doença hemorrágica continua a ser a principal preocupação.
Artur Cordeiro, Presidente da Associação de Caçadores da 1º Região Cinegética, calcula que a mortalidade do coelho nos últimos anos ande à volta dos 90 % devido a uma doença a espécie ainda não conseguiu desenvolver anticorpos como aconteceu com outras.
“O que diminuiu mais é o coelho, por causa da hemorrágica, a raça que tem sido dizimada pela doença e o coelho era a base, quase, da atividade cinegética, eu diria até a nível ibérico, cerca de 90% nos últimos anos. O coelho tem sido uma razia completa. Contrariamente à outra doença que tivemos em tempos, nesta o coelho ainda não conseguiu ganhar anti-corpos para se defender dela. Enquanto que com a outra, a espécie foi-se regenerando e foi criando anti-corpos que, não digo que a eliminaram, mas não proibiram a expansão, nesta não; tem sido uma tristeza andar pelos campos e ver animais mortos. O coelho tem sido uma desgraça.”
No entanto, o presidente avança que há um projeto que começou este ano a analisar e fazer recolhas de amostras dos animais com o objetivo de encontrar uma vacina que combata a doença.
“Neste momento há um projeto, de longo prazo, em que estão envolvidas não só entidades governamentais que lideram o processo como também universidades, confederações de caçadores. O projeto está neste momento em recolha de espécies, de dados e já está em funcionamento. Aqui na zona Norte foram identificadas duas zonas para fazer uma colheita de espécies, na zona Centro também, na zona Sul e está assim a começar. É tendente a encontrar uma vacina, melhorar a velocidade do alastrar da doença, não eliminá-la.”
A doença hemorrágica continua a ser a principal causa de morte do coelho, espécie que é a base da atividade cinegética na Península Ibérica.
Escrito por ONDA LIVRE
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