Foto: Bruno Rodrigues |
“Há famílias que, sem a ajuda da Cáritas, não tomam a medicação”, concretiza.
A Cáritas dá ajuda para o pagamento de rendas de casa, eletricidade, água, gás, géneros alimentares, produtos de higiene, viagens para consultas no IPO e medicamentos. “Às vezes, até para adquirirem o simples cartão do cidadão, que anda à volta dos 15 euros, nos pedem ajuda”, diz a responsável.
Quanto às causas para o recurso aos apoios, Joaquina Tomé aponta sobretudo o desemprego e problemas relacionados com baixos rendimentos, falta de condições para o pagamento de bens essenciais como a alimentação, a água e o gás.
“Procuram-nos sobretudo pessoas de baixos rendimentos, desempregados, pessoas com trabalhos precários, toxicodependentes, alcoólicos, sem abrigo, inclusivamente estudantes africanos que frequentam a Escola Profissional Prática Universal e o Instituto Politécnico de Bragança”, concretiza a vice presidente da Cáritas de Bragança.
Os pedidos por parte dos estudantes são sobretudo em termos de “géneros alimentares e ajuda para a renda do quarto”.
Questionada pela Renascença sobre a possibilidade de a Cáritas diocesana de Bragança, face ao crescente aumento de pedidos, ficar sem capacidade de resposta, Joaquina Tomé mostra-se confiante na solidariedade dos transmontanos.
“Temos capacidade para responder, todos os apoios dados pela instituição são possíveis graças à generosidade de beneméritos e aos peditórios que realizamos”, sublinha.
A Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, em sintonia com a Cáritas Portuguesa, realiza, até ao próximo domingo, 4 de março, o habitual peditório com o objetivo de “apoiar famílias carenciadas”.
A conclusão do peditório coincide com o fim da Semana Nacional Cáritas que, este ano, tem como tema ‘Uma Só Família Humana, Cuidar da Casa Comum’. Uma iniciativa que quer promover na sociedade a reflexão à volta de uma “ecologia integral” que privilegie e defenda “a relação única com Deus, com o outro e com o planeta”.
Em Bragança, a Semana Nacional Cáritas encerra no próximo domingo com uma eucaristia na Catedral, às 18h00.
Olímpia Mairos
Rádio Renascença
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