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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 12 de maio de 2018

Parque Natural do Douro Internacional. “Nada mudou com a criação da área protegida”

No 20.º aniversário do Parque, autarcas e população dizem que a criação da área protegida não trouxe benefícios à região e atribuem culpas aos responsáveis pela sua gestão.
Criar o PNDI "não trouxe benefícios nenhuns",
acusa o agricultor João Luís.
Foto: Olímpia Mairos
O Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) faz esta sexta-feira 20 anos. A área protegida criada através de decreto regulamentar em 11 de maio de 1998, promulgado pelo então primeiro-ministro António Guterres, é alvo de muitas críticas, quer de populares quer de autarcas.

As populações estão descontentes face às restrições impostas pelos regulamentos e à inércia do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Os autarcas, por sua vez, consideram que nada mudou com a criação da área protegida.

À Renascença, João Luís, agricultor de Aldeia Nova, no concelho de Miranda do Douro, afirma que “a criação do Parque não veio trazer benefícios nenhuns, apenas colocaram algumas placas informativas para turismo, o que é bom, mas qualquer pessoa o consegue fazer”.

“Puseram uns espantalhozinhos por essa estradas e caminhos fora, que não vieram beneficiar em absolutamente nada a natureza”, refere o agricultor. “Está a desaparecer tudo: a águia real, a cegonha preta, a águia de Bonelli. Já nem os abutres vêm aqui nidificar e raramente vêm a esta zona.” No fundo, lamenta João Luís, “o Parque é zero. É só restrições”.

O miradouro Penedo Durão. Foto: Olímpia Mairos
Também António Inácio, de Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta, se queixa que o “Parque não deixa fazer nada”. “Por vezes queremos fazer intervenções nas propriedades e não nos deixam, queremos cortar uma lenha e temos medo”, exemplifica.

Os autarcas colocam-se ao lado das populações nas críticas e queixas, considerando que a região pouco ou nada beneficiou com a criação da área protegida do PNDI, há 20 anos. O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, considera mesmo que a região está mais pobre.

“Estamos mais pobres, há cada vez menos gente e não há investimentos na área protegida. É um Parque que pouco evoluiu na sua essência e na sua ligação com as pessoas que aqui residem. Em relação à proteção dos espaços e das espécies que aqui nidificam, nada é feito”, refere.

Também o presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, entende que “é preciso estar ao lado das populações” e reivindica a “alteração aos regulamentos em vigor no Parque”.

“Após estes 20 anos temos a necessidade de fazer sentir a quem nos governa que há necessidade urgente de alterarmos os regulamentos, no sentido, também, de protegermos as populações, e não só os habitats naturais, mas também os habitantes que ainda fazem parte deste reino maravilhoso que é o Parque”, defende o autarca.

O PNDI engloba 44 localidades dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e de Figueira de Castelo Rodrigo, na Guarda.

O PNDI tem 122 km de extensão e
860 quilómetro quadrados de área.
Foto: Olímpia Mairos.
Tem 122 quilómetros de extensão e uma área de cerca de 860 quilómetros quadrados. Os especialistas consideram-no um mosaico de biodiversidade, onde nidificam espécies protegidas, algumas delas à beira da extinção, como é o caso da Cegonha Negra, do Abutre do Egito e do Grifo.

A área do Parque é uma Zona de Proteção Especial e está incluída na Rede Natura 2000.

Olímpia Mairos
Rádio Renascença

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