Chegou ao fim ontem aquela que é a feira do fumeiro mais antiga do país, a Feira do Fumeiro de Vinhais, com um balanço positivo.
As expectativas de 80 mil visitantes foram superadas, de acordo com a organização, e os produtores também consideram que tiveram boas vendas.
“Temos vendido bastante, este ano por acaso tem saído muito bem. Os produtos que mais vendo são o salpicão e a chouriça. As pessoas vêm à procura deste produto. Tenho até clientes de alguns anos que vêm sempre a feira”, contou Maria Elisabete, expositora.
“A feira correu bem. Há clientes que consideram o produto caro, mas levam em menor quantidade. Já não levam quilos como levavam antes. A qualidade continua a mesma, o problema é que as pessoas têm também menos dinheiro e depois também dizem que o fumeiro faz mal à saúde e acabam por consumir menos”, disse Elisabete Diegues.
“Para mim, a feira esteve bem melhor do que o ano passado. Os produtos que vendi mais foram a chouriça e o salpicão. A feira, comparada com os primeiros anos, é mais fraca, porque agora já se fazem outras feiras e as pessoas já não se deslocam tantos quilómetros. Por exemplo, a feira de Oeiras”, sustentou Simone Fernandes.
Já os visitantes que chegaram de todos os cantos do país, uns pela primeira vez, outros repetentes… São a qualidade do fumeiro e os ares transmontanos, razões mais que suficientes para visitar Vinhais, na trigésima nova edição deste certame.
“Eu vim de propósito e é a primeira vez que venho. Gostei da gastronomia e da gente daqui, porque são bastante comunicativos. Comprei cascas, butelo e rabo de porco”, referiu Manuel Almeida de Paços de Ferreira.
“Muito bom, o ano passado vim pela primeira vez, gostei e este ano vim repetir”, mencionou Manuel Pinheiro de Amarante.
“Está tudo muito bem. Almocei cá, tinham-me dito que seria caro, mas não achei”, considerou Carmindo Sousa de Vila Nova de Gaia.
Na feira participaram 70 produtores de fumeiro certificado e 400 expositores. Na programação, para além das chegas de Touros, mostras equestres e a habitual animação musical, também decorreu o concurso do melhor salpicão, que este ano o primeiro prémio foi entregue a Inácio Fernandes de Espinhoso, concelho de Vinhais. Não podia estar mais orgulhoso.
“Significa uma mais-valia, porque assim também dá alento à minha esposa que é a responsável. Depois é um orgulho saber que aquilo que fazemos com prazer é merecedor de prémios”, confessou Inácio Fernandes.
Para Luís Fernandes, presidente da câmara de Vinhais, ontem na entrega de prémios do melhor Salpicão, no seu discurso continuou a pedir que a requalificação da Nacional 103 seja uma realidade. Mas fez um balançoo positivo da mostra
“Faço um balanço extremamente positivo. Em primeiro lugar, porque há produtores que já venderam tudo, ou praticamente tudo. E depois pelo número elevado de pessoas que vieram. Ontem, diziam nunca tinham visto um sábado com tanta gente. Portanto, correu muito bem”, destacou Luís Fernandes.
Foram 4 dias de feira, com um movimento mais de cinco milhões de euros. O preço do salpicão a 40 euros e da alheira a 10 euros. Só para a feira foram abatidos mais de 500 porcos bísaros.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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