Este sábado, comemorou-se o centenário da resistência do Movimento da Monarquia do Norte, na cidade de Mirandela. Para assinalar o dia, na rua da república houve uma peça de teatro, representada por 5 alunos da Universidade Sénior de Mirandela.
A produção teatral esteve a cargo de Fernanda Ferreira, professora voluntária que construiu o texto, composto por uma vertente histórica, mas também cómica: “O texto tem uma parte lúdica e cómica, que retrata as vivências dos soldados nas trincheiras, mas também aquilo que se passaria em casa da população. Na peça tínhamos um soldado que tinha uma namorada e era casado. Também contamos que alguns soldados foram voluntários, mas não tinham muita vontade de guerra. Mas sem deixar de contar os factos históricos. Tudo o que o ardina trouxe de notícias foi o que aconteceu durante mais de um mês, durante a revolução da monarquia do norte“.
Para além da peça do teatro de rua, está patente na Biblioteca Sarmento Pimentel uma mostra documental sobre a resistência em Mirandela até ao dia 15 de Março, como explicou Júlia Rodrigues, presidente da câmara municipal de Mirandela.
“Comemoramos a centenário da resistência da monarquia do norte. Para assinalar esta data, também está patente uma exposição na Biblioteca Municipal e esta peça de teatro de rua, que tem a particularidade de ser representada por estudantes da Universidade Sénior”, destacou Júlia Rodrigues.
No público, estava Sílvia Lamas que veio de Sambade, concelho vizinho de Alfândega da Fé, de propósito para assistir à peça de teatro de rua.
“Uma peça simples e singela, com o objectivo de chegar a todos. Sou de Sambade, da mesma terra de um voluntário que morreu no dia 9 de Fevereiro de 1919. Era Eugénio Vilares, que frequentava a escola normal e se se alistou em Bragança. Veio participar na defesa de Mirandela e participou no primeiro, segundo e terceiro combate”, disse Sílvia Lamas.
A 9 de Fevereiro de 1919 deu-se o último combate entre a resistência republicana em Mirandela e os Monárquicos do Norte. 9 dias antes, os monárquicos tinham tentado invadir a cidade que estava barricada. No último dia de combate, dia 9 de Fevereiro, os monárquicos lançaram 235 granadas que destruiriam grande parte dos edifícios próximos da ponte e provocaram algumas mortes, como a de Eugénio Vilares de 19 anos.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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