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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 11 de outubro de 2020

31ª Cimeira Ibérica: mais estradas, menos ligações ferroviárias

 No território fronteiriço transmontano e duriense os governos dos dois países preferem investir na rede rodoviária, prevendo-se a construção da ligação entre Bragança e Puebla de Sanabria, a ligação da A4 a Zamora a partir de Quintanilha, e a ligação pelo IC5 da cidade de Miranda do Douro a Zamora.


Realizou-se hoje na cidade da Guarda mais uma cimeira ibérica. Do conjunto das decisões e conclusões tomadas ficou clara a ideia  de que a ligação a Espanha pela linha do Douro não é um projeto que interesse aos atuais governos de Portugal e Espanha. A decisão de não incluir esta via férrea como uma prioridade de investimento estratégico para a próxima década caiu como um balde de água fria entre os autarcas dos dezanove municípios que integram a CIM Douro.

Num comunicado público, a CIM Douro disse lamentar tal decisão e anunciou que que não baixará os braços e “continuará a reivindicar junto das entidades competentes a concretização da ligação transfronteiriça através da linha do Douro, na certeza de que esta será determinante para o desenvolvimento consolidado de ambos os territórios”.

O Vice-Presidente do Conselho Intermunicipal e Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, esteve presente na 31ª Cimeira Ibérica, tendo aproveitado o momento para reiterar o desapontamento da CIM Douro pela não inclusão da Linha do Douro nos investimentos estratégicos transfronteiriços.

No território fronteiriço transmontano e duriense os governos dos dois países preferem investir na rede rodoviária, prevendo-se a construção da ligação entre Bragança e Puebla de Sanabria, a ligação da A4 a Zamora a partir de Quintanilha, e a ligação pelo IC5 da cidade de Miranda do Douro a Zamora.

No que concerne à região transmontana essas foram as decisões mais importantes tomadas no âmbito da mobilidade terrestre, mas a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) prevê ainda um conjunto de outras iniciativas que visam melhorar a vida das pessoas e dos territórios de fronteira, como é exemplo o estatuto do trabalhador transfronteiriço, ou o cartão de saúde que irá possibilitar que qualquer pessoa que habite na zona da raia seja tratada indiferenciadamente nos dois lados da fronteira.

Um conjunto de outras propostas visam a cooperação entre os serviços públicos de Portugal e Espanha, como no caso da rede 112 que responderá em emergência quem estiver em melhores condições para o fazer. Com esta cooperação, pretende-se uma maior coordenação nos serviços como Saúde, Educação, Serviços Sociais e Proteção Civil.

Segundo a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o objetivo da ECDT é “colocar o interior do país no centro do mercado ibérico, para criar uma nova centralidade económica e diminuir o abandono destes territórios”.

A estratégia geral é, segundo o governo português “impulsionar as regiões da fronteira para reforçar a resiliência da Península Ibérica”. O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que Portugal e Espanha sairão da Cimeira Luso-Espanhola com melhores e mais fortes ferramentas para ajudar as comunidades que vivem na região raiana.

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