O presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, diz que o envelhecimento da população e o número de óbitos leva a um saldo natural negativo, o que ajuda a explicar esta perda populacional, mas não é o único factor. "É importante perceber a quantidade de óbitos que vai anualmente acontecendo no nosso concelho. A população continua a ser muito idosa e, por isso, estes dados devem-se aos óbitos que vão ocorrendo. Infelizmente, os nosso jovens, que tiram os seus cursos, não têm possibilidade de emprego no concelho e têm que o procurar fora. Não há resposta. Não há indústria".
O autarca considera que para tentar estancar esta perda de população a solução passa por criar apoios às instalações de empresas e de emprego. "O Governo tem que olhar para os nossos territórios de outra forma. Já o disse mais que uma vez. O próprio município tem um pequeno apoio de incentivo à criação de emprego mas isso não chega. Não pode ser só o município a criar emprego. Tem que haver vários incentivos e criar condições para que as empresas venham para o nosso território".
Apesar dos indicadores mais negativos, no concelho foram criadas 938 empresas, entre 2010 e 2018, sendo agora 1875 que empregam 2557 pessoas. "Têm vindo a instalar-se algumas empresas de pessoas que são da nossa terra. São pessoas que têm vontade que o concelho vá para a frente. A resiliência dos nossos mogadourenses leva a que se vá construindo o desenvolvimento e vamos crescendo devagarinho".
Os números são avançados pela Pordata, por ocasião do feriado municipal de Mogadouro, que se assinala hoje.
Os Gorazes foram cancelados, ainda assim está hoje a acontecer a feira anual. "Vamos aproveitar para ter o comércio ao longo do dia. O evento marcava a época de colheitas mas vamos ter a feira marcando o feriado municipal".
A feira dos Gorazes assinalada hoje e amanhã, mas este ano de forma bastante diferente do habitual.
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